Um acerto de contas entre detentos da Casa de Privação Provisória de
Liberdade (CPPL) I, em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza,
terminou com sete mortos e 13 feridos, na madrugada de segunda f. Os presos
morreram asfixiados, após um grupo de detentos incendiar colchões na
porta das celas em que as vítimas estavam. Até o fechamento desta
edição, os líderes da chacina não haviam sido identificados.
Segundo
informações da Secretaria da Justiça e Cidadania do Ceará (Sejus), tudo
começou na tarde de domingo, durante o horário de visitas na CPPL I,
localizada no Km 17 da BR-116. Um interno da rua F, do Pavilhão 1,
identificado como Carlos Pitombeira da Silva, de 21 anos, teria sido
lesionado em frente aos seus familiares por presos da mesma rua. Na
visão dos detentos, os autores da agressão descumpriram uma regra de
convivência formulada pelos próprios presidiários: “respeitar o dia das
visitas”.
Ainda segundo a Sejus, em retaliação à quebra da
“norma”, por volta de 0h15min, presos das ruas E, G e H, também do
Pavilhão 1, iniciaram um motim contra a rua F. Os detentos serraram
grades e feriram outros internos. Ao chegarem na cela em que os
envolvidos na agressão estavam, atearam fogo em colchões e mataram as
vítimas asfixiadas.
Os sete mortos foram identificados pela
Coordenadoria do Sistema Penal (Cosipe), que realizou chamadas na
unidade. São eles: Antônio Maurício dos Santos Aguiar, Benedito Freitas
Vieira, Jonathan de Oliveira Albuquerque, José Reinaldo de Lima, Paulo
Roberto Pinto de Oliveira, Idailson Macedo da Costa e Reginaldo dos
Santos Lima. Os corpos foram periciados pela Coordenadoria de Medicina
Legal (Comel).
A direção da unidade adiantou que a morte dos
detentos foi por asfixia, causada pela fumaça. Sem dar detalhes sobre o
caso, a direção da Comel informou somente que os laudos devem ficar
prontos no prazo de 10 dias.
Os feridos foram levados para o
Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro, e estão sendo tratados no
Centro de Tratamento de Queimados (CTQ). Três deles já receberam alta. O
estado de saúde dos outros dez é considerado “estável”, mas eles ainda
correm risco de morte, conforme um dos cirurgiões plásticos da unidade,
Francisco das Chagas Ley. “Toda vítima de queimadura que tem mais de 40%
do corpo atingido é considerada um paciente de alto risco. E esse é o
caso deles, que sofreram queimaduras de 2º e 3º graus”, disse o médico.
Segundo ele, o tratamento pode durar cerca de um mês.
Quem é injusto ;seja injusto ainda; e quem é sujo ,seja sujo ainda... APOCALIPSE 21/11
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