segunda-feira, 30 de junho de 2014

POPULAÇÃO CARCERÁRIA FEMININA DO PARANÁ CRESCE MAIS QUE A MASCULINA.


Nos últimos anos, a população carcerária feminina no Paraná cresceu bem mais que a masculina. E os números do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (InfoPen), do Departamento Penintenciário Nacional do Ministério da Justiça, deixam evidente um triste fato: as mulheres estão cada vez mais se inserindo no submundo do crime. Embora a maioria delas tenha encontrado no tráfico de drogas as portas das celas, as mulheres estão se “aprimorando” na prática criminosa e é crescente o número de condenações femininas por crimes mais requintados e perigosos.

Em sete anos, a população carcerária feminina cresceu 82,89%, contra o crescimento de 66,13% da população de detentos homens. Os dados são de dezembro de 2005 e dezembro de 2012, os últimos disponibilizados InfoPen. Eles mostram que o número total de dententos passou 17.546 para 29.174 e o de detentas, de 1.169 para 2.138.  Ainda que prevaleçam as prisões por tráfico de entorpecentes, com um avanço de 6.477% no período — eram 9 presas em dezembro de 2005, contra as 592 condenadas pelo delito em dezembro de 2012 —, chama a atenção o crescimento de outras condenações.
PENITENCIÁRIA CENTRAL ESTADUAL FEMININA

Em 2005, entre as encarceradas no Paraná, não havia detentas condenadas por crimes de sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, estupro, formação de quadrilha ou bando, corrupção ativa, corrupção passiva, contrabando ou descaminho e crimes de tortura. Já em 2012, há. Só pelo crime de formação de quadrilha ou bando, são 18 presas. Extorsão mediante sequestro (6), estupro (2), tortura (4) e 23 mulheres estão atrás das grades pelos chamados crimes de colarinho branco, como corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, contrabando e descaminho.
PENITENCIÁRIA FEMININA PIRAQUARA.
 Além dessa evidência sobre o envolvimento das mulheres em crimes ditos mais pesados, as condenações por homicídio qualificado, por exemplo,  revelam que elas também estão mais violentas. O número de presas por este tipo de delito passou de 2 para 68 (3.330% de avanço).
PASTOR HUGO E IRMÃ DENISE NA PENITENCIÁRIA CENTRAL .
 "Não voltes a pecar, para que não te aconteça coisa pior."                                 JOÃO 5/14

sábado, 28 de junho de 2014

PRESÍDIO PARQUE AGRÍCOLA : COM JESUS CRISTO , A ESPERANÇA VENCE O PRECONCEITO!!


ONDE O PECADO ABUNDOU, SUPERABUNDOU A GRAÇA!

                              ROMANOS 5/20

Esta palavra é a mais maravilhosa realidade do Presídio Parque Agrícola .
Localizado na parte externa do complexo prisional de Piraquara , região metropolitana de Curitiba , a unidade conta com aproximadamente 200 internos.
O regime é semi-aberto e os presidiários são os considerados "Seguros" , e dizer detentos que são rejeitados até pelos outros presos.
A maioria trabalha , estuda ou desempenha atividades dentro e fora da unidade , quem trabalha recebe 1/3 de salário mínimo.
Os crimes praticado por eles no passado os torna desprezível pela sociedade e também por outros presidiários , sendo aqueles que servem de escudo ou são mortos nas rebeliões.
Estes homens desprezados por quase todos , são recebidos por Jesus Cristo , quando chegam ao arrependimento dos seus atos e entregam as suas vidas para Deus(Isaías 43/25).
Temos a responsabilidades como verdadeiros cristãos de levar a palavra de Deus para estes homens, se já é pouco interessante para as igrejas evangelizar presídios , aqui há ainda menos interesse (Marcos 16/15).
Porém é aqui  no Presídio Parque Agrícola é que vemos as pessoas mais quebrantadas e decididas a servir ao Senhor com fervor e persistência(Romanos 5/20).
Existe uma capela onde são realizadas as atividades religiosas que comporta aproximadamente 50 pessoas sentadas , contando com equipe de som e instrumentos musicais .
A unidade parece uma chácara contando com alojamento , local aberto e coberto para visitas , capela , setor de trabalho , área de estudo e tudo rodeado de árvores.
Pr. Hugo Chavez e a equipe de evangelismo "GESE", tem levado a palavra de Deus sem se importar o tipo de delitos que estes homens cometeram no passado , inclusive contando com mulheres no grupo , que tem mostrado seu amor vencendo os preconceitos (Lucas 15/2).
Todo terceiro domingo do mês Pastor Hugo ministra Santa Ceia para os irmãos detentos que estão libertos por Jesus Cristo (1 Corintios 11/26).
Assim como o bom samaritano teve misericórdia do homem ferido na estrada , assim nós temos sentido o chamado de nosso amado mestre Jesus Cristo , para levarmos a palavra de Deus que transforma , liberta , regenera e conduz para vida eterna , até dentro dos presídios (Lucas 10/33).
Sabemos que não há recompensa nem retorno material , pelo contrário , é necessário desembolsar recursos para os gastos de locomoção , material de evangelismo e outras despeças , e tudo sai daquilo que ganhamos com nosso trabalho material , porém , nos estimula o fato de ver muitos internos do presídio Parque Agrícola libertos , servindo a Jesus Cristo (1 Coríntios 15/19).
Deus abençoe a todos aqueles que tem orado em favor dos trabalhos evangelísticos nos presídios do Paraná , trabalho a qual estamos realizando há dezesseis anos , recuperando vidas para o reino de Deus.


 "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
                                                JOÃO 3/16

     

segunda-feira, 23 de junho de 2014

PRESÍDIO "OLARIA" , NOSSO PONTO DE PARTIDA NO EVANGELISMO PRISIONAL.


Evangelizar o Presídio Olaria tem para nós um significado especial , pois foi aqui que há dezesseis anos atras , entravamos pela primeira vez para levar a palavra de Deus dentro no sistema prisional.
Devido a diferentes atividades assumidas diante a obra do Senhor , ficamos muito anos sem retornar para esta unidade , até que no ano passado  foi nos concedido esta possibilidade.

O Presídio Olaria se encontra no bairro Santa Mônica , município de Piraquara ,região metropolitana de Curitiba.
Atualmente conta com menos de cem internos em regime semi-aberto , dividida em dois setores : aqueles que cumprem pena por delitos comuns , que são maioria e estão instalado no alojamento central , e aqueles que cumprem medidas por falta no pagamento de pensão alimentícia , e que estão alojados em outro alojamento .
A maioria trabalha no tribunal de justiça do estado do Paraná , de segunda a sexta feira , e são levados de ônibus até o local.
Dentro da unidade trabalha o restante , alguns na fábrica de blocos de concretos e artefatos de cimento que existe no presídio, desde que foi desativada a olaria , que da origem ao nome da unidade.
Tem se instalado no presídio uma industria  prensadora e recicladora de marmitas de isopor , que é consumida nas unidades penais de Piraquara , onde também trabalham alguns internos.
A capela onde realizamos os cultos tem aproximadamente dez metros por seis metros , é de material  e recentemente com a chegada de um novo capelão  vindo do sistema fechado , ela tem sido reformada na sua pintura , troca de cortinas e aparelhagem de som.
Irmão José é  um servo de Deus , conhecedor da palavra desde criança , porém quando adulto foi se afastando da presença do Senhor , até cair preso , dentro do sistema fechado voltou para Jesus Cristo e hoje ocupa a função de capelão interno na Olaria.

Agentes penitenciários e internos vivem um relacionamento de harmonia , assim como as autoridades evangélicas tem com ambos , graças a Deus a palavra e anunciada com toda liberdade podendo ser cumprido o "IDE" de Jesus Cristo ( Marcos 16/15).
Temos ensinado que a oração deve ser o canal onde agradecemos a Deus por tudo ,  como esta escrito no livro de I Tessalonicenses cap. 5/18 , ainda que passemos por momentos de aflição.
Os irmãos presidiários da Olaria estão ansiosos pela liberdade , porém , conscientes que devem pagar por seus erros , sabedores que no seu arrependimento a misericórdia de Deus os tem alcançado (Marcos 2/17)
A partir do mês de julho , estaremos no quarto domingo de cada mês  ministrando a Santa Ceia do Senhor Jesus Cristo para os irmãos presidiários da Olaria que estão libertos do pecado e foram já batizados,
Pedimos orações em favor do Pastor Hugo Chavez , sua esposa Denise Chavez , líderes dos trabalhos evangelísticos do Presídio Olaria , para os funcionários , pastores e principalmente aos internos. (Hebreus 13/3)


 E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento.

Marcos 2:17

PRESÍDIO DE ITIRAPINA ll (SP) , 2359 DETENTOS , OREMOS EM FAVOR DELES!!

A Penitenciária João Batista de Arruda Sampaio, ou P II, datada de 12 de dezembro de 1998. A penitenciária II tem capacidade para 1200 vagas, mas atualmente comporta 2359 detentos aproximadamente. A PII tem cerca de 250 funcionários, entre os quais se encontram auxiliares administrativos, chefes, diretores e agentes penitenciários. A penitenciária II também funciona como Centro de Detenção Provisória (CDP), local onde ficam os presos que ainda aguardam julgamento. Torna-se necessário ressaltar que estes números da população carcerária são flutuantes, devido a uma constante transferência de detentos que chegam ou saem para outras unidades prisionais. O presídio trabalha com dois tipos de regime: o fechado e o semi-aberto. No regime fechado, o detento fica integralmente recluso e no semi-aberto os presos com penas mais leves ou já em via de concluí-la trabalham durante o dia nas dependências das penitenciárias e só retornam aos presídios para dormir. Usando-se destes números da Secretaria da Administração Penitenciária, podemos fazer uma comparação com o total de habitantes da cidade, onde o número de pessoas presas é correspondente a cerca de 16% do número de habitantes do município. Por causa da transferência de vários detentos que chegam aos dois presídios, muitos de seus familiares mudam-se para a cidade e vão habitar os bairros da periferia. 
                                     

Penit. II "João Batista de Arruda Sampaio" de Itirapina

Coordenadoria da Região Central

Endereço: Rua 2 nº 623 Distrito Industrial
CEP: 13530-000 - Itirapina - SP
E-mail: p2itirapina@gmail.com
Fone: (19) 3575-2121  Fax: (19) 3575-1848
População prisional - data: 16/jun
Capacidade: 1280   População: 2359
Ala de Progressão Penitenciária
Capacidade: 108   População: 166
Ficha Técnica
Área construida: 14908 m²
Data de inauguração: 11/12/1998
Regime: fechado e semiaberto

LEMBRAI-VOS DOS PRESOS   .....                                 HEBREUS 13/3

terça-feira, 17 de junho de 2014

IGREJA "MISSÃO CRISTÃ" EVANGELISMO E RESSOCIALIZAÇÃO PARA OS ENCARCERADOS.


PRESÍDIO COLÔNIA PENAL AGROINDUSTRIAL DE PIRAQUARA -PARANÁ.

A Colônia  Penal tem atualmente aproximadamente 1400 detentos em regime semi-aberto , a unidade se encontra no Bairro Vila Macedo , município de Piraquara (região metropolitana de Curitiba).
Dos 1.400 detentos, muitos trabalham ou estudam externamente ,assim como outro tanto estuda dentro da própria unidade, ou trabalha nas firmas instaladas no setor industrial interno.
Existe uma Capela Ecumênica com capacidade para 180 pessoas sentadas , contando com sala de capelania e pileta coberta para batismo.



Além dos trabalhos evangelísticos na unidade , desenvolvemos projetos sociais como "Ressocializando pela língua" ou "Projeto Bereia".
Curso básico de língua espanhola com direito a certificado de conclusão e remição de pena , para turma de vinte detentos que foi ministrado voluntariamente pelo Pastor Hugo Chavez no Projeto Ressocializando pela língua.

Projeto "Beréia" foi inédito no sistema prisional do Brasil ,pois se tornou a primeira biblioteca exclusivamente de livros cristãos evangélicos
Foram arrecadados aproximadamente 500 livros e revistas de escolas bíblicas, e colocados a disposição dos internos em uma sala da capela ecumênica.



A organização dos internos ligados a capela , e a boa vontade da direção tem facilitado o trabalho evangelístico das diferentes instituições religiosas .
O senhor Ismael , diretor da unidade , tem se mostrado muito satisfeito com os trabalhos religiosos , sabendo da importância na ressocialização e na baixa reincidência dos egressos da unidade.
Assim  com sua autorização , vem sendo realizados trabalhos evangelísticos noturnos também , nas sextas feiras , no refeitório da unidade.


Este tipo de trabalho tem facilidade para a entrada de instrumentos musicais , e também pessoas convidadas que não tem credenciamento do Departamento Penitenciário.
A CPAI hoje e referência no Paraná em diferentes áreas , é um dos presídios mais evangelizados do Brasil.
A Igreja Missão Cristã , marcha firme no propósito de cumprir com a responsabilidade do "IDE"  ( Marcos 16/15) de nosso Senhor Jesus Cristo.

Pastor Hugo Chavez , sua esposa Denise e a equipe de evangelismo GESE  pedem as orações do povo de Deus em favor de nossos trabalhos evangelísticos.


Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido

Lucas 19:10
  


segunda-feira, 16 de junho de 2014

PENITENCIARIA DE ITAI (SP) : A PENITENCIÁRIA DOS ESTRANGEIROS NO BRASIL, SÃO 1.300 : OREMOS POR ELES!!

A Penitenciária de Itaí foi inaugurada em 2001, com o objetivo de abrigar presos estrangeiros. Esse esquema favorece tanto a organização da Secretaria do governo, que direciona material específico, como livros em línguas estrangeiras, para o presídio, como o bem-estar dos próprios detentos, já que evita o preconceito de brasileiros contra os presos de outros países. 
 Com capacidade para 792 detentos, as celas do presídio de Itaí já acumulam 1.387 pessoas. Trata-se de uma superlotação de 67%, semelhante à enfrentada na Penitenciária de San Pedro, que abriga 450 presos, quando só poderia alojar 250.
O órgão responsável pela administração das penitenciárias não fornece a ficha criminal de presos, por medida de segurança. A única informação oficial a respeito é que a maioria dos detentos bolivianos teve envolvimento com o tráfico de drogas. Tanto a Secretaria quanto o Presídio de Itaí se recusaram a informar à reportagem se há casos de assassinatos entre os bolivianos encarcerados.
Ainda segundo a direção, a penitenciária reúne pessoas de 84 países, sendo que metade dos presos é de origem africana. Por país, a maior população carcerária é da Nigéria. São 355 nigerianos e formam a maior colônia dentro da penitenciária. em seguida, as maiores representações são de bolivianos (130 presos), peruanos (118), paraguaios (78), angolanos (70) e espanhóis (62).

Penit. "Cabo PM Marcelo Pires da Silva" de Itaí

Coordenadoria da Região Noroeste

Endereço: Rodovia Eduardo Saigh Km 292,5
CEP: 18730-000 - Caixa Postal 53 - Itaí - SP
E-mail: penit@itai.sap.sp.gov.br
Fone: (14) 3761-3753  Fax: (14) 3761-3753
População prisional - data: 10/jun
Capacidade: 872   População: 1155
Ala de Progressão Penitenciária
Capacidade: 108   População: 232
Ficha Técnica
Área construida: 1.354,90 m²
Data de inauguração: 29/08/2000
Regime: fechado

Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver.

Mateus 25:36

domingo, 15 de junho de 2014

VOCÊ DESEJA DOAR UM LIVRO PARA O PRESÍDIO??



A Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (SEJU) recebeu um novo acervo de 500 livros de Literatura, doado pelas Editoras Escala Educacional e La Fonte, no último mês de maio. O material foi encaminhado pelo supervisor comercial da instituição, Fabio Lucho, à Coordenação de Educação, Qualificação e Profissionalização de Apenados/PDI Cidadania/DEPEN/SEJU. 

Tendo em vista essa e outras doações, as bibliotecas das unidades prisionais de Curitiba e Região Metropolitana, além do interior do Paraná, serão beneficiadas com novos livros, destinados aos apenados que participam do Projeto de Remição da Pena pelo Estudo através da Leitura. 

Entre as obras doadas estão clássicos da literatura como Rei Artur, adaptação de Marcos Maffei; Os Três Mosqueteiros em Cordel, de Klévisson Viana; Til, de José de Alencar; Vinte Mil Léguas Submarinas, de Júlio Verne; O Menino que Não Era, de Luís Augusto; Dom Quixote, de Miguel de Cervantes; O Guarani, de José de Alencar e; O Último dos Moicanos, de Janes F. Cooper. 
Biblioteca de livros cristãos , doados pelo "GESE" para o Presídio CPAI.
Muitos dos títulos são considerados excelentes para os neoleitores, já que todos estão dentro dos critérios de leitura, conforme regulamentado pela Lei 17.329/12. Pela doação, a SEJU inclui as Editoras Escala Educacional e La Fonte como novas fontes colaboradoras no que se refere ao incentivo à leitura para os apenados nos Estabelecimentos Prisionais do Paraná.

O Supervisor Comercial das Editoras destacou a importância em “contribuir com doações de bons livros para a leitura, visando proporcionar aos detentos aquisição de conhecimento, reflexão e, ainda, procurar despertar dentro do contexto prisional um ambiente de harmonia”. 


Vale lembrar que os interessados em doar livros de literatura, podem entrar em contato com a Coordenação de Educação, Qualificação e Profissionalização de Apenados/PDI Cidadania/DEPEN/SEJU pelo fone: 041- 3589-6591//3910 ou e-mail projetoleitura@seju.pr.gov.br. Podem ser doados ao Projeto de Remição,títulos da Literatura Clássica Universal .


LEMBRAI-VOS DOS PRESOS        HEBREUS 13/3

sexta-feira, 13 de junho de 2014

LIVRO ESCRITO POR AGENTE PENITENCIÁRIO , CONTA HISTÓRIAS DE REBELIÕES DO MAIOR PRESÍDIO DO PARANÁ , A PCE.

O agente penitenciário José Vicente Bittencourt deveria estar de folga no dia 6 de junho de 2001, mas preferiu deixar o descanso para outro dia. No início do turno de trabalho, pela manhã, ele leu a escala para os quase 40 colegas que também assumiram o plantão. Para 25 deles, foi o anúncio de um dos episódios mais trágicos de suas vidas. Para Luciano Aparecido Amâncio, 30 anos, foi a sentença de morte.

Um mês antes, foi transferido José Márcio Felício, o “Geléia”, apontado como um dos fundadores de uma facção criminosa que passou a comandar presídios de todo o país. Em poucos dias, ele arregimentou aproximadamente 300 “soldados” na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara. O grupo criou um excelente relacionamento com os funcionários da Divisão de Segurança e Disciplina, na função também há pouco tempo.

Aparências

O início do plantão parecia tranquilo, mas, no final da tarde, José Vicente foi cercado e recebeu ordens de um preso, para que o acompanhasse. “Venha com a gente que a casa caiu”, disse. Começara a rebelião. Dos 26 agentes de plantão, apenas um foi atingido por golpes de estoque: Luciano Aparecido morreu na hora.

Os outros 25 funcionários foram separados nas celas, ficaram incomunicáveis uns com os outros e tiveram seus pertences recolhidos. Os presos queriam ser transferidos para outros estados e iniciaram a negociação com representantes do governo.

Nos primeiros dias, José Vicente recebeu comida, foi levado para uma cela com celulares para conversar com a família e ficou acompanhado por quatro colegas em um cubículo de 10 metros quadrados com televisão, onde acompanhava pelos noticiários o que acontecia dentro da penitenciária.
José Vicente era vigiado por “soldados” da facção criminosa, alguns portando armas brancas artesanais, outros com armas de fogo, granadas e até bombas caseiras. A energia elétrica e o fornecimento de água, alguns dias depois, foram cortados.
Passou o fim de semana e no quinto dia como refém, José Vicente viu o tratamento mudar. As negociações não chegavam a um consenso, porque os representantes do governo descobriram o assassinato de Luciano. Os agentes receberam seus coletes e foram levados até a laje do presídio, para provar que todos estavam bem.

Para tentar “consertar” a morte do agente, os líderes da facção ordenaram que três presos fossem executados. Dois tiveram as cabeças cortadas. A decisão piorou a tensão dentro da penitenciária e dificultou ainda mais as negociações.

Tensão

Os agentes começaram a receber ameaças até de abuso sexual, apanharam e sofreram torturas. Deixaram de receber comida e passaram frio. Eles foram apresentados ao Grupo de Extermínio, composto por 25 presos, cada um responsável por matar um dos agentes se a Polícia Militar invadisse o presídio para resgatar os funcionários.

Na manhã do dia 12, José Vicente foi escoltado para acompanhar as negociações. Quatro agentes foram liberados, a negociação começou a avançar, e mais 12 agentes voltaram para casa. José Vicente e mais oito colegas ficaram para garantir que os presos realmente seriam transferidos.

Os 23 detentos que pediram para ir para outros estados foram transferidos, deixando suas armas para os comparsas que permaneciam no presídio, liderando a rebelião. Outro grupo de presos tentou arrebatar os últimos agentes reféns, mas foi coagido pela facção criminosa.

Abraço

Depois de seis dias de desespero, os reféns foram libertados e puderam abraçar seus familiares, que permaneceram a todo o tempo angustiados do lado de fora do presídio, aguardando notícias. A narrativa de José Vicente Bittencourt é do livro Penitenciária: Estágio para o inferno, publicado no final do ano 2012.

Sindicato diz que ainda há perigo

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, (Sindarspen), José Roberto Neves concorda que os agentes continuam sofrendo os mesmos riscos demonstrados no livro de José Vicente. “Diminuiu a disputa por território e o assassinato de presos, porque a facção criminosa se estabelece como majoritária. Por outro lado, ela se organiza e assume um papel que é do Estado. Se não houver investimento no trabalhador e ele não receber estrutura adequada, não poderá cumprir a função do Estado e evitar que a facção criminosa o faça”, revela. O sindicato é contra a terceirização dos serviços prestados dentro dos presídios, por acreditar que o processo de contratação temporária não tem rigor, treinamento, nem avaliação psicológica ou testes físicos. Os salários dos profissionais terceirizados, segundo o presidente do Sindarspen, são mais baixos que os dos agentes.

Polêmica

O sindicato defende que os agentes tenham porte de arma para poder se defender de ameaças nas ruas, mas que trabalhem desarmados quando estiverem em postos de contato físico com os presos. Funcionários de guaritas e de grupos táticos, prontos para agir antes da chegada da PM, poderiam trabalhar armados para conter tumultos.

Registro de três décadas

A história trágica se repetiu outras vezes. Em junho de 2000, após um dia e meio de rebelião, um agente ficou paraplégico ao cair de quase 15 metros. Em janeiro de 2010, depois de 20 horas de rebelião, o saldo foi sete presos assassinados, três deles carbonizados, um deles decapitado. Três dos 14 agentes que estavam de plantão foram mantidos reféns.

No livro, escrito em forma de diário, há relatórios do período entre junho 1983 e setembro de 85, a maioria sobre as mortes dentro do presídio por disputa de território entre os presos. Também são narrados casos de corrupção de agentes, de abusos contra os presos, de tentativas de fuga frustradas e todas as dificuldades que passam os homens que decidem trabalhar nessa profissão.


Penitenciária hoje externamente (Pr Hugo e sua esposa Denise)
A situação hoje é bem diferente , pois depois da última rebelião de 2010 o presídio foi desativado e construída uma nova PCE ao lado da antiga unidade .
No ano de 2012 as instalações foram reformadas , dando lugar a PCEF ( Penitenciária Central Estadual Feminina) onde algumas igrejas fazem evangelismo.
Pastor Hugo Chavez da Igreja Missão Cristã diz : hoje este lugar , além de continuar sendo um presídio , se transformou em um pronto socorro de Jesus Cristo , onde graças ao apoio da direção , se adora a Deus e se recupera vidas.
Penitenciária Central Feminina por dentro (Pr Hugo e irmã Denise)

Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;

Romanos 5:20

segunda-feira, 9 de junho de 2014

PROJETO "ACORDES LIVRES" EM PRESÍDIOS DO PARÁ TENTA DESCOBRIR TALENTO MUSICAIS ENTRE OS INTERNOS.

“A música é muito importante para mim, pois quando eu estava triste com alguma coisa, pegava o violão e tocava uma canção para me distrair. Isso tirava o peso do meu coração e ajudava a passar melhor o tempo”. O depoimento do interno Joycir Moreira mostra o resultado do trabalho executado pelo projeto Acordes Livres, do Núcleo de Reinserção Social da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe). O objetivo é despertar e descobrir talentos musicais entre os internos por meio de aulas de canto e violão popular, usando a música como meio de reinserção social.
Iniciado em 2011, o projeto atende atualmente 65 internos de seis unidades prisionais da Região Metropolitana de Belém (RMB): Presídio Estadual Metropolitano 2, Centro de Detenção Provisória de Icoaraci, Centro de Recuperação Feminino, Centro de Recuperação do Coqueiro, Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico e Centro de Recuperação Regional de Mosqueiro.
Januário Palheta é um dos 16 internos participantes do projeto. Pianista profissional com formação clássica, ele já tocava piano desde os 8 anos de idade. “É um orgulho participar desse projeto. Muitos outros internos que nunca pensaram em tocar algum instrumento pedem hoje para participar do projeto também. Eles veem que, além da reinserção social, é uma forma de mostrar à sociedade o seu talento. A música é emoção e sempre foi o norte da minha vida.  Estando aqui no cárcere, tive uma grata surpresa, pois nunca imaginei que fosse encontrar música no lugar onde estou, o que é importante, pois a gente resgata toda uma possibilidade de ter um futuro melhor”, diz.
O instrutor musical Eliéser Vieira explica que os alunos aprendem noções de partituras, acordes, ritmo e também canto. O repertório do grupo já conta com 70 músicas de ritmos variados desde MPB, até ritmos regionais como a guitarrada. “As pessoas ainda tem receio de trabalhar com a população carcerária. Eu sempre interagi com eles durante as aulas sem qualquer problema. Há um respeito recíproco entre professor e aluno. O aprendizado flui porque há uma troca de ideias entre todos do grupo”, destaca o músico.

Louvai ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.

Salmos 136:1

PENITENCIÁRIA SUPERLOTADA DE IPERÓ (SP) 2.900 DETENTOS : OREMOS PELA SUA SALVAÇÃO!!

Em Iperó a situação também é considerada preocupante. Na Penitenciária Odon Ramos Maranhão são 2.900 presos, sendo que a capacidade é para 1.268 presidiários. Na unidade são 185 agentes de segurança penitenciária. O quadro ali foi agravado pela inauguração do Anexo de Detenção Provisório (ADP) e da Ala de Progressão Penitenciária (APL). "No anexo trabalham apenas dois funcionários por turno. Quando um está de folga o outro atende os quatro raios com mais de 300 presos sozinho"

Penit. "Odon Ramos Maranhão" de Iperó

Coordenadoria da Região Central

Endereço: Estrada Municipal Iperó/Tatuí, Km 5,5 - Horto Florestal Bela Vista
CEP: 18560-000 - Iperó - SP
E-mail: dg@ipero.sap.sp.gov.br
Fone: (15) 3266-1006  Fax: (15) 3266-1877
População prisional - data: 05/jun
Capacidade: 1286   População: 2214
Anexo de Detenção Provisória
Capacidade: 344   População: 291
Ala de Progressão Penitenciária
Capacidade: 221   População: 290
Ficha Técnica
Área construida: 40000 m²
Data de inauguração: 17/09/1999
Regime: fechado e semiaberto

LEMBRAI-VOS DOS PRESOS....................              HEBREUS 13/3

domingo, 8 de junho de 2014

ONG "TEM QUEM QUEIRA" FABRICA ARTIGOS PERSONALIZADOS , REAPROVEITANDO BANNERS E USANDO MÃO DE OBRA CARCERÁRIA.

No Rio de Janeiro, a ONG Tem Quem Queira emprega 40 funcionários que cumprem pena nos regimes fechado, semiaberto e aberto. A ideia nasceu em setembro de 2008, quando a executiva Adriana Gryner, que trabalhava em uma agência de eventos corporativos, percebeu que poderia gerar renda com o reaproveitamento de banners na confecção de bolsas e artigos personalizados.
Abriu a primeira oficina dentro da penitenciária Vieira Ferreira Neto, em Niterói, e a segunda em uma rua próxima. Por uma parceria com a Fundação Santa Cabrini, do governo do Rio de Janeiro – que cuida da seleção e pagamento dos empregados –, Adriana treinou e contratou costureiros, cortadores e auxiliares de serviços gerais.
“Nunca soubemos de alguém que tenha voltado para o crime depois de passar pelas oficinas”, conta Gabriela Guedes, gerente geral do projeto. A “empresa social” – como Gabriela prefere chamar a ONG – já ajudou funcionários a financiar suas próprias máquinas de costura e, assim, começar a trabalhar por conta própria.
Luís, um dos funcionários da oficina, foi contratado em janeiro deste ano com carteira assinada, após ter cumprido sua pena. A cada três dias trabalhados, ele abateu um dia de condenação.
As empresas que fazem parcerias com órgãos públicos e entidades para contratar presidiários não precisam estabelecer vínculo empregatício, nem pagar encargos trabalhistas como FGTS, férias e 13º salário, já que o contrato de trabalho é regido pela Lei de Execuções Penais, e não pela CLT (Consolidação das Leis de Trabalho).
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que coordena o programa “Começar de Novo”, há hoje 3.512 vagas abertas em empresas de todo o Brasil para detentos e pessoas que já cumpriram pena. “A maioria só contrata ex-presidiários se houver algum incentivo financeiro”, analisa José Pastore, professor de economia e administração da Universidade de São Paulo (USP) e autor do livro “Trabalho para Ex-infratores” (Ed. Saraiva).
De acordo com o estudioso, o incentivo que o Estado de Minas Gerais passou a dar às empresas que contratam ex-detentos aumentou a adesão ao programa. Em São Paulo, Pastore conta que as companhias só contratam ex-presidiários ao descobrirem que é pré-requisito para vencer licitações com órgãos públicos.

Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.

João 15:14

sábado, 7 de junho de 2014

A MÚSICA COMO INSTRUMENTO DE RESSOCIALIZAÇÃO DE PRESIDIÁRIOS.

A música é comprovadamente, um instrumento fundamental na reinserção social de detentos e ex-presidiários.
A bíblia relata no livro de 1 Samuel 1/23, que estando o rei Saul atormentado por um espírito mau , o jovem Davi tocava sua harpa , e aquele espírito se afastava do rei.
A música hoje não somente ajuda na libertação dos presidiários, como os estimula a seguir a vida ministerial ou profissional na área musical.
Tanto os músicos que fazem parte das equipes de evangelismo para encarcerados , como os próprios detentos , manifestam muito empenho e amor com a música .
Nós presídios que realizamos evangelismo e ressocialização  no estado de Paraná ( Brasil) , graças a Deus, contamos com o apoio dos diretores das instituições , afim de permitir o uso de instrumentos musicais por parte das igrejas e dos internos.
No presídio CPAI em Piraquara , onde há uma capela ecumênica para 180 pessoas sentadas , as instituições religiosas tem contribuído para aquisição de diferentes instrumentos.
O louvor entoado por parte dos internos nos cultos , sempre vai acompanhado pelos acordes destes instrumentos , o que da um sentido maior de adoração ao Nosso Deus.
Muitos egressos são hoje músicos profissionais , ou fazem parte do louvor de suas igrejas , testemunhando que a música foi fundamental na suas reinserção social .
Talvez seja no presídio um dos lugares que se louva a Deus com mais sinceridade , sabendo os internos que o amor e misericórdia  do Senhor os alcançou de maneira sobrenatural.
Assim o Salmos 138 reflete a realidade e a gratidão dos encarcerados ... EU TE LOUVAREI , DE TODO O MEU CORAÇÃO!!