quinta-feira, 14 de março de 2013

Mizael Bispo é condenado por homicidio triplamente qualificado a 20 anos de prisão

O policial reformado e advogado Mizael Bispo de Souza foi condenado a 20 anos de prisão, inicialmente a ser cumprido em regime fechado, pelo homicídio triplamente qualificado - por motivo torpe, com emprego de meio cruel, e mediante a utilização de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima - da sua ex-namorada Mércia Nakashima, em maio de 2010.

Na sentença, o juiz disse que o fato do réu ter mentido foi considerado como agravante, aumentando sua pena. Segundo previsão da defesa, Mizael teria que cumprir pelo menos sete anos em regime fechado - dois quintos da pena - e depois poderia recorrer para responder o restante em regime semiaberto. Mesmo assim, após a leitura da sentença, a defesa apelou da decisão em plenário.


Segundo o entendimento dos jurados, expresso na votação dos quesitos propostos pelo juiz , Mércia foi morta por afogamento com o placar mínimo de 4 a 0, não havendo a necessidade da abertura dos votos dos outros três jurados. A autoria do crime atribuída a Mizael recebeu o mesmo placar: 4 a 0. Já a utilização de meio cruel para matar a vítima recebeu quatro votos a favor e um contra.
Os familiares de Mércia, de mãos dadas, ouviram atentamente à leitura da sentença, emocionados. Após a condenação, Márcia, irmã de Mércia, gritou no plenário: "Assassino maldito!".
Por ser policial reformado, Mizael irá cumprir pena no Presídio Militar Romão Gomes,  no Tremembé, na zona norte de São Paulo, a única cadeia para policiais militares no Estado de São Paulo.
Fora do fórum, o número de manifestantes a favor da condenação de Mizael foi maior no último dia de julgamento. Grupos formados por famílias que tiveram parentes vítimas de violência foram prestar solidariedade à família de Mércia. Antes da sentença, eles soltaram fogos de artifício
O dia
Nesta quinta-feira, quarto dia de julgamento, os membros da acusação e defesa fizeram seu debate sobre o crime. Primeiro a defender em plenário a tese, o promotor Rodrigo Merli Antunes passou mais de uma hora tentando desconstruir os argumentos da defesa , que durante os três últimos dias de julgamento descreditou as conclusões da investigação policial. “Não existe excesso de coincidências”, afirmou o promotor com as mãos sobre os volumes do processo e olhos fixados nos sete membros do júri, que no final do dia decidirão o futuro do réu.

Depois de o promotor, o assistente de acusação, Alexandre de Sá Domingues, tomou a palavra para comentar a relação do réu com a vítima.  Domingues apontou 19 “mentiras” ditas por Mizael e, com fotos de Mércia e da família sendo projetadas na parede, ele leu um e-mail enviado pelo réu à Mércia com suas razões para sentir-se magoado com ela.
Na sequencia, os três advogados de defesa de Mizael - Wagner Garcia, Samir Haddad Jr. e Ivon Ribeiro - tentaram mostrar que as provas não comprovam que Mizael esteve na cena do crime e que as provas mais fortes contra o réu foram forjadas pelos policias que participaram da investigação, coordenada pelo delegado Antonio de Olim.


Ouve tu , então desde os céus e age e julga a teus servos ,condenando ao impio.. 2 CRÔNICAS  6/23

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