sexta-feira, 21 de julho de 2017

GOLEADA HISTÓRICA EM JOGO DENTRO DO PRESÍDIO PCE !!!!!


O time da Faxina, fardado inteiramente de branco, aplicou a maior goleada do Campeonato de Futebol PCE 2017: 36 x 1. Quase um gol por minuto (o jogo tem 40), baile, chocolate, cinco vezes o que a Alemanha fez sobre o Brasil na Copa do Mundo de 2014. Mas as comemorações repetitivas não bastaram para fazer dos donos da vassoura campeões. O troféu foi disputado em final de jogo único, na última quarta-feira (26), entre a Faxina e a Lavanderia, e ficou nas mãos do agrupado das roupas, que traja Adidas e uma camiseta azul da Gráfica Bamerindus. O terceiro lugar foi conquistado pelo time B da Cozinha – como o setor é grande, foi dividido em A e B.
O artilheiro, J.O.S, fez 42 gols, muito mais do que um por jogo. O time do setor de Sabão, onde os presos aprendem química e fazem produtos de limpeza e higiene pessoal para toda a penitenciária e, eventualmente, para unidades vizinhas, foi o lanterna, sem vitórias. 
Há pelo menos dez anos a Penitenciária Central do Estado (PCE) não vibrava ao som de um torneio do esporte que corre na seiva do brasileiro. A unidade abriga quase 1.700 presos na Região Metropolitana de Curitiba e é a maior do Paraná do regime fechado. No passado, o local chegou a abrigar um campo de futebol, que foi substituído por novas celas depois de uma das maiores rebeliões do estado, no início dos anos 2010.
O campeonato começou em fevereiro e foi organizado para unificar os presos do mesmo bloco (prédio), da mesma galeria (parte desse prédio) e do mesmo setor de trabalho. A final da última semana foi entre os atletas dos setores, que têm mais tempo livre para jogar, logo após o horário de almoço, nos pátios de visita dos familiares, que são próximos à entrada do presídio e coloridos de todo tipo para minimizar o impacto das grades para os pequenos. Apenas 30% dos presos da PCE estão envolvidos em atividades educacionais ou laborais, com possibilidade de remição: 322 trabalham em canteiros internos ou externos (empresas), 93 estudam e 90 fazem remição por leitura – os demais 70% aguardam vaga nos programas.
O torneio dos internos deve se encerrar ainda em maio, e se prolongou além do outro porque os presos jogam apenas no pátio de sol, uma vez por semana. A unidade já estuda uma espécie de cruzamento entre os campeões para atestar a soberania do presídio. A PCE tem seis blocos com quatro galerias cada. São 420 presos por bloco, em média. As galerias se dividiram em times A e B, ou seja, cada bloco montou oito times, que se cruzaram em turno e returno. Os vencedores ainda jogarão entre si para definir o campeão dos blocos.
E também há ideia de um cruzamento com a equipe campeã da Penitenciária Central do Estado – Unidade de Progressão (PCE-UP), projeto pioneiro do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Paraná. Essa unidade abriga 160 presos que estão prestes a progredir para o regime semiaberto e entrega estudo e trabalho a todos em tempo integral.
Para Antonio Nery de Souza Junior, o Toninho, agente penitenciário que organiza as tabelas ao lado dos presos, e que trabalha há uma década na unidade, a ideia do torneio é entreter e dar responsabilidade aos presos. “É um projeto que começou com o chefe de segurança, José Luis Siscato, e foi desenvolvido por nós e pela equipe pedagógica. O futebol tem esse poder no Brasil, é um esporte que une as pessoas”, conta.
Já a presidente do Conselho da Comunidade da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba, Isabel Kugler Mendes, afirma que o esporte é importante na questão física e psicológica dos presos. “Nós vivemos um momento de questionamentos no sistema penitenciário nacional, e pequenas iniciativas como essa mostram que apenas a boa vontade e a seriedade podem mudar o destino dessas pessoas, e é isso que a Lei de Execução Penal determina. Eles contraíram uma dívida com a sociedade. Poderia ser uma televisão, um carro. Mas a dívida deles é com a sociedade. Por isso, nós temos que pensar na dignidade dessas pessoas para o momento da volta”, pondera. O Conselho da Comunidade foi responsável pela premiação do torneio.




domingo, 9 de julho de 2017

DEPEN NACIONAL QUER REGISTRO CIVIL DE PRESIDIÁRIOS NO BRASIL !!


O Departamento Penitenciário Nacional desenvolveu uma parceria para garantir o registro civil para detentos em unidades prisionais de 16 estados. O projeto, chamado Identidade Cidadã, tem o apoio da Associação dos Notários e Registradores do Brasil, já promoveu as atividades em 21 presídios brasileiros e tem o objetivo de reverter uma realidade que atinge quase a totalidade dos detentos.
De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a iniciativa foi lançada em 2014 e atende, nesta primeira fase, penitenciárias femininas e unidades de regime semiaberto. Nas capitais onde já funciona, o projeto busca sensibilizar os cartórios de registro civil e, depois, promove visitas aos detentos para coleta de dados.
O objetivo é possibilitar o acesso dos internos a documentos pessoais que, muitas vezes, se perderam durante prisão ou sequer chegaram a ser expedidos. Sem a carteira de identidade e o CPF, por exemplo, eles também não conseguem participar de projetos sociais nas penitenciárias nem se matricularem em cursos que podem prepará-los para o mercado de trabalho após o cumprimento da pena.
Além do Registro Civil, é possível obter a segunda via da certidão de casamento dos presidiários. De acordo com o Ministério da Justiça, nove em cada dez, ou 91,33% dos detentos brasileiros não têm qualquer documento pessoal em seu prontuário no estabelecimento prisional, o que dificulta a ressocialização.
“Para quem nunca foi preso, a falta de documentos já é grave. Para aqueles que têm contra si o estigma de terem sido presos e muitas vezes condenados por crime, essa falta é um obstáculo invencível para integração”, diz o conselheiro do CNJ, Rogério Nascimento, coordenador do Grupo Especial de Monitoramento e Fiscalização do sistema prisional da Região Norte.

No Paraná o registro civil tem fornecido RG para grande parte dos internos do sistema penal paranaense , como assim também existe parceria de alguns cartório com a direção das unidades para realizar casamentos coletivos dentro das unidades , a fim de regularizar a situação de muito casais que não casaram legalmente .
Pastor Hugo Chavez tem realizado em parceria com cartórios a cerimonia religiosa dos casamentos coletivos nos presídios paranaenses .







Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu o homem não separe!!!