segunda-feira, 25 de março de 2013

Presidio de Bagram onde estão muitos dos líderes do Talibã foi entregue devolta ao Afeganistão.

 A missão da Otan no Afeganistão (Isaf) entregou nesta segunda-feira às autoridades afegãs, após vários atrasos, o controle total da prisão de Bagram, que fica próxima a uma base militar dos Estados Unidos localizada em Cabul. "A transferência do centro de detenção é uma parte importante no processo de transição da segurança às forças afegãs", afirmou o principal responsável da missão da Otan e das tropas americanas no Afeganistão, o general Joseph Dunford.
A entrega foi feita em uma cerimônia simbólica na qual o ministro afegão de Defesa, Bismila Mohamadi, e Dunford assinaram um memorando de entendimento pelo qual se garante "o tratamento justo e humano dos detidos".
Situada a cerca de 60 quilômetros ao norte de Cabul, na província de Parwan, a casa de detenção abriga muitos líderes da insurgência talibã e foi utilizado como a maior e mais importante prisão dos EUA no Afeganistão.

Em setembro de 2012, a Isaf entregou parte do controle de Bagram, incluídos 3.000 reclusos, às autoridades afegãs, embora 600 prisioneiros, os mais perigosos, continuaram sob tutela de militares americanos, segundo a imprensa local.
A cerimônia realizada hoje deveria ter sido realizada no início do mês, durante a visita ao Afeganistão do recém nomeado secretário de Defesa de EUA, Chuck Hagel, mas por motivos não revelados a transferência foi adiada.
A imprensa local divulgou hoje que o recente anúncio do presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, de que libertaria os presos de Bagram, causou mal-estar em Washington.
A prisão de Bagram foi objeto de várias controvérsias desde a invasão do Afeganistão, em 2001, em uma missão liderada pelas forças americanas.

Organizações defensoras dos direitos humanos, como a Anistia Internacional (AI), denunciaram com frequência que os Estados Unidos prenderam no local centenas de pessoas, entre elas menores de idade, sem acesso a advogados nem a um julgamento.
O presidente Karzai criticou em várias ocasiões a existência da prisão como uma violação da soberania do Afeganistão.


Eis que Deus é mui grande , contudo a ninguém despreza; grande é em força e sabedoria.  JÓ 36/5 

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