A Gerência de Ressocialização (GER) da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) acompanhou o trabalho das reeducandas da Penitenciária Regional Feminina de Patos participantes de projetos de ressocialização nas áreas de artesanato e canto, com a produção de renda renascença e o Coral Vozes da Liberdade. A unidade prisional, que tem atualmente 78 reclusas, também conta com a parceria da Secretaria Estadual de Educação, por intermédio da 6ª Gerencia de Ensino, que é coordenada pela professora Riane Magalhães.
Durante o encontro, o Coral Vozes da Liberdade fez uma breve apresentação, executando a composição ‘Não temas diante do trono’. O coral conta com a participação de 14 apenadas e se apresenta nas atividades do calendário oficial da cidade, a exemplo da Festa da Padroeira.
A renda renascença é produzida pelas reeducandas Fernanda Batista, 23 anos, que está há oito meses na unidade; Maria Eliane Bezerra, 41, que está há quatro anos e dois meses em cárcere, e Adriana Pereira de Melo, 37, reclusa há três anos. As três cumprem pena por associação ao tráfico de entorpecentes.
“Estas ações são reflexos de uma política de descentralização desenvolvida pelo Governo do Estado em todos os setores”, disse o secretário de Administração penitenciária, Wallber Virgolino. “Aqui na Administração Penitenciária trabalhamos para potencializar cada vez mais os projetos de ressocialização em todos os rincões do Estado, porque entendemos que só através das artes, da educação, da cultura, da educação e qualificação, poderemos mudar o quadro atual e diminuir gradativamente os índices de reincidência criminal, preparando as pessoas em situação de cárcere para o retorno ao convívio social. Agradeço a todos os diretores e agentes das unidades prisionais do Estado pelo esforço que estão imprimindo para mudar a cara do sistema prisional paraibano e estamos conseguindo”, destacou.
A gerente executiva de Ressocialização, Ziza Maia, explicou que o processo de ressocialização é pensado por todos os usuários do sistema. “Procuramos distribuir as ações em todas as unidades prisionais do Estado. Neste momento, estamos fazendo o reconhecimento de novos espaços disponíveis para os projetos de ressocialização, priorizando a cultura local e potencializando as habilidades de cada pessoa. No caso de Patos, a renda renascença é muito presente no cotidiano das reeducandas e os trabalhos produzidos por elas já foram expostos e comercializados inclusive no Salão do Artesanato da Paraíba, demonstrando que tem qualidade e é vendável”.
Segundo Ziza Maia, os projetos de ressocialização já acontecem em todas as Penitenciárias do Estado e em algumas cadeias públicas. “Estamos ampliando cotidianamente até contemplar 100 por cento das unidades com alguma ação dos eixos do Programa Cidadania é Liberdade”, frisou.
A diretora adjunta da Penitenciária Regional Feminina de Patos destacou a importância das ações de ressocialização para a integração entre as reeducandas. “Principalmente para que elas tenham uma profissão e quando cumprirem suas penas não retornem ao mundo do crime. O bordado renascença é uma fonte de renda para quem produz, portanto, também é uma atividade empreendedora”.
A reeducanda Erivania Soares, 42 anos, integrante do Coral Vozes da Liberdade, disse que participa do projeto desde o primeiro dia. “Também estou estudando e concluindo o Ensino Fundamental e esse coral tem me dado muita força para voltar a vida normal e ao trabalho. Em breve eu quero voltar a trabalhar na construção civil, que é o que eu gosto e sei fazer”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário