sexta-feira, 6 de julho de 2012

Chefe do Maior Cartel de trafico do Mundo se converte a Cristo


Fugitivo do cartel de Juárez se refugiou em Ibirá
São José do Rio Preto, 13 de Abril de 2008
Fonte:diarioweb.com.br

  Pierre Duarte  
Mauro Romera em frente ao sítio de Lucio Rueda-Bustos, nas Termas de Ibirá

Allan de Abreu


Um ano e meio depois, a população de Ibirá ainda não se recuperou totalmente do susto que levou na manhã do dia 19 de julho de 2006, ao descobrir que o empresário que pretendia salvar as termas do município estava atrás das grades. O espanto foi ainda maior com a notícia de que Ernesto Plascencia San Vicente, um mexicano bem-sucedido que decidira furar poços para explorar a água mineral de Ibirá, na verdade era Lucio Rueda-Bustos, um dos maiores traficantes de droga do México, foragido desde os anos 90 e procurado pela Interpol. Desde então, Mexicano, o apelido de Ernesto/Lucio em Ibirá, tornou-se quase uma palavra proibida na pequena cidade de 10 mil habitantes. Poucos citam o seu nome, e os que o fazem têm cuidado para não se associar ao traficante. Uma situação bem distinta de 2002, quando Ernesto pisou pela primeira vez em Ibirá, vindo de Curitiba, onde morava com a mulher desde 2000. Ele tinha brucelose (doença causada por bactérias do leite não-pasteurizado), e um amigo sugeriu que viesse se tratar em Ibirá. Morou um ano no spa das termas. Gostou tanto que decidiu investir no distrito.


Dinheiro parecia não ser problema para Lucio/Ernesto. Comprou dois sítios nas termas e investiu mais de R$ 2 milhões na perfuração de poços profundos para captar água mineral. Mexicano tinha planos ambiciosos: gastar R$ 12 milhões para construir uma fábrica engarrafadora de água mineral, além de pousada com piscinas para banhos termais. Ergueu um restaurante ao lado do balneário e comprou uma mansão no condomínio de luxo Damha, em Rio Preto. Rodava pela região com duas caminhonetes importadas e um automóvel Audi A4. Todos novinhos em folha. “Ele tinha fascínio pela água de Ibirá. Dizia que o brasileiro tinha de dar mais valor à água, porque no México é um produto escasso”, afirma o engenheiro Mauro Romera, braço-direito de Ernesto na cidade. Era Mauro quem tomava conta dos negócios do mexicano nas termas, por meio da empresa Ametista.


Reprodução
Amado Carrillo Fuentes


Ibirá não era o único alvo dos investimentos de Ernesto. O mexicano tinha uma construtora no Paraná em sociedade com um advogado, além de casas e apartamentos de luxo em Curitiba e Balneário Camboriú (SC). Somados, os bens dele no Brasil valem US$ 30 milhões, segundo a PF, dos quais cerca de US$ 4 milhões foram aplicados em Rio Preto e Ibirá. Mexicano era um sujeito calmo, segundo disse em entrevista exclusiva ao Diário a mulher dele na cidade, a vendedora L.C.M.. Só não gostava muito de falar sobre a vida no México. “Ele dizia que ganhou muito dinheiro como toureiro. Chegava a me dar detalhes das touradas”, diz a mulher. O que ele ocultava de todos no Brasil era um passado violento e criminoso. Oficial das Forças Armadas do México, Lucio Rueda-Bustos era o tesoureiro do cartel de Juárez, a maior organização de narcotraficantes do México, que ainda hoje movimenta US$ 200 milhões por semana, segundo o DEA (Drug Enforcement Administration) departamento antinarcóticos norte-americano.

O chefe do cartel era Amado Carrillo Fuentes, dono de um patrimônio bilionário adquirido por meio do tráfico de cocaína colombiana para os Estados Unidos (leia texto nesta página). “Ele era o braço-direito de Amado”, diz o delegado da PF Fernando Francischini. Após a morte de Fuentes, em 1997, os governos mexicano e norte-americano intensificaram o combate ao cartel de Juárez. Lucio resolveu então fugir do país com parte do dinheiro do cartel. Trocou de rosto em uma cirurgia plástica e veio para o Brasil, onde já morava a mulher, uma curitibana que conhecera no México alguns anos antes. Para ingressar em território brasileiro, Lucio falsificou passaporte com o nome falso de Ernesto Plascencia San Vicente. Nascia assim o empresário mexicano disposto a investir em poços de água mineral os milhões de dólares obtidos com o tráfico.
Arte sobre foto


A farsa acabou na manhã do dia 19 de julho de 2006, quando Ernesto foi detido por policiais federais no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, na Operação Zapata. Quem descobriu a verdadeira identidade de Lucio foi o DEA, que comparou as impressões digitais do mexicano (que já estivera preso nos Estados Unidos por tráfico nos anos 80) com as de Ernesto. Naquele dia, Mauro estava em Araraquara cuidando do marketing da nova empresa engarrafadora de água mineral. “Foi um choque. Fiquei com medo de ser preso também. As pessoas aqui em Ibirá se afastaram, viravam a cara, criticavam pelas costas. Jogaram muita pedra, mas o fato é que eu não sabia de nada”, diz o engenheiro.

Em 21 de marco de 2007, a 2ª Vara da Justiça Federal de Curitiba condenou Ernesto a dez anos e seis meses de prisão, além de multa de R$ 61 mil por lavagem de dinheiro. Ele está preso na penitenciária de segurança máxima de Piraquara (PR), onde aguarda julgamento de recurso ao Tribunal Regional Federal (TRF) de Porto Alegre. “Espero que um dia ele saia da prisão e me chame para trabalhar de novo na Ametista. Ele merece uma segunda chance. O Ernesto faz falta para o desenvolvimento econômico de Ibirá”, diz Mauro Romera.
Pierre Duarte
Mauro Romera, engenheiro, ex-funcionário de Rueda-Bustos na empresa Ametista: Espero que um dia o Mexicano saia da prisão e me chame para trabalhar de novo na engarrafadora de água mineral das Termas de Ibirá. Ele merece uma segunda chance

Ex-tesoureiro do poderoso chefão
Durante os anos 80 e 90 Lucio Rueda-Bustos foi o tesoureiro de Amado Carrillo Fuentes (1956-1997), chefe do cartel de Juárez, a maior organização de narcotraficantes do México. Segundo o DEA, departamento antidrogas dos Estados Unidos, o cartel fatura US$ 200 milhões por semana no tráfico de drogas, e é responsável por 50% do total de entorpecentes que entra nos Estados Unidos. Nos anos 80 e 90, o DEA calcula que o mexicano tenha acumulado uma fortuna de US$ 25 bilhões. Em Ciudad Juárez, município na fronteira com os Estados Unidos, Fuentes era conhecido como “o senhor dos céus” por utilizar Boeings 727 para transportar cocaína colombiana para território americano.

Na primeira metade da década de 90, o cartel passou a transportar drogas também por navio do México até Manhattan, em Nova York. Perseguido pelos governos americano e mexicano, Fuentes decidiu mudar o rosto em um hospital da capital mexicana em 3 de julho de 1997. Após oito horas de cirurgia, o traficante começou a ter reações causadas pela anestesia e morreu. Como vingança, o grupo de Fuentes assassinou todos os médicos que participaram da operação. Mesmo com a morte de Fuentes, o cartel de Juárez continua em atividade. Atualmente, é comandado por Ricardo Garcia Urquiza. 


Pastor Hugo Chavez e irmao Ernesto transformado por Jesus Cristo dentro do presidio.Piraquara-Paraná 

 
Dia do bastimo do irmao Ernesto no presidio de Piraquara

Pastor Hugo Chavez e irmao Ernesto no dia de seu batismo

6 comentários:

  1. A PAZ DO SENHOR!!

    MATÉRIA MUITO INTERESSANTE E DEVO DAR GLÓRIAS A DEUS PELA TRANSFORMAÇÃO DO ERNESTO E PELA VIDA E MINISTÉRIO DO PASTOR HUGO.

    EM CRISTO,
    MARIO CESAR DE ABREU-EVANGELISTA E APOLOGISTA CRISTÃO

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  2. señor que dios lo bendiga donde quiera que vaya o se encuentre
    att beto mo

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. "Para te defender amigo,as vezes tenho que te condenar." Assim que vc é preso vc recebe a maior de todas as liberdade Jesus Cristo de Nazaré.

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  5. "Para te defender amigo,as vezes tenho que te condenar." Assim que vc é preso vc recebe a maior de todas as liberdade Jesus Cristo de Nazaré.

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