sábado, 11 de maio de 2013

Prisão do Pastor Marcos Pereira: Deputados do Rio de Janeiro saem em sua defesa.

O SR. PAULO RAMOS – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna para tratar de dois temas. Sobre o primeiro, falarei de forma muito ligeira, porque pretendo voltar ao assunto na próxima terça-feira.
O jornal O Dia ou o Extra traz uma matéria, uma divergência entre o Governo do Estado por meio do Comandante-Geral da Polícia Militar e o Ministério da Justiça. Qual a razão da divergência? Um relatório do Ministério da Justiça diz que, no ano de 2011, morreram em ato de serviço 108 policiais militares, e que outros 198 foram lesionados. Não sabemos a extensão das lesões. Sei que, em muitos casos após a lesão, também o policial militar vem a falecer.
Mas qual a natureza da divergência? Reage o Estado dizendo que o Ministério da Justiça não informou a verdade, porque em ato de serviço o número foi muito menor, isto é, o fato de 108 policiais terem sido assassinados, não surpreende. A grande questão é que reage, querendo dizer que a morte não se deu em ato de serviço nem se discute se foi em consequência do serviço. Pelo simples fato de ser policial militar ou se foi em virtude de alguma vingança. Não. Se o policial morreu fora de serviço, é menos relevante. Mas na próxima semana voltarei a este tema.
Sr. Presidente, há alguns dias, o chamado Afro-Reggae do Sr. José Júnior completou 20 anos. E durante a comemoração, alguns dados foram divulgados. Aliás, dados que foram subestimados, primeiro dizendo que o Afro-Reggae tem uma receita – obviamente oriunda de recursos públicos – de 20 milhões para tocar 30 projetos.
Não sei se a receita divulgada corresponde à verdade. Inclusive, o Sr. José Júnior reagiu à expressão de chamar o Afro-Reggae de holding, porque são três braços ou mais com o mesmo nome, com endereços diferentes, isto é, razão social diferente, com endereços diferentes, mamando nas tetas dos Governos. Isto é, o Sr. José Júnior é um grande malandro patrocinado com recursos públicos, desenvolvendo atividades nem todas conhecidas, mas com resultados conhecidos porque pífios, isto é, o AfroReggae vive da mentira e o Sr. José Júnior vem enriquecendo escandalosamente às custas de recursos públicos.
Mas, Sr. Presidente, ao comemorar 20 anos, o Sr. José Júnior procurou uns instrumentos que dispõe, especialmente o patrocínio de uma certa mídia que insiste em ocultar a verdade da opinião pública, volta o Sr. José Júnior, aliás agora sem a mesma repercussão da orquestração promovida pelo Sistema Globo um ano atrás, a fazer insinuações ou denúncias contra o Pastor Marcos Pereira e o projeto social desenvolvido pelo Pastor. Mas pelo menos diz que já teve uma parceria com o Pastor Marcos Pereira. Aliás, foi uma espécie de caroneiro, pegou carona no trabalho social desenvolvido pelo Pastor Marcos Pereira. Até aí já seria revoltante, mas procura dizer o Sr. José Júnior que ele anda em carro blindado a ele cedido por uma instituição bancária e não diz qual foi. Receoso, dentre outras coisas, de eventual agressão que poderia ser originada do Pastor Marcos Pereira. Deixa ele de dizer do envolvimento que tem com figuras conhecidas ligadas ao crime organizado, incluindo o tráfico de entorpecentes. Ele procura atribuir a outro, aquilo que é o seu procedimento, o seu envolvimento.
E aí, Sr. Presidente, não é possível silenciar porque exatamente um ano atrás, em fevereiro do ano passado, o Sr. José Júnior orquestrou denúncias contra o Pastor Marcos Pereira que resultaram em inquérito policial, isto é, a Polícia Civil está investigando tudo aquilo que foi denunciado, aliás também com a participação do Ministério Público.
Felizmente esta Casa se distanciou desse imbróglio, pelo menos aqui a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania não encontrou espaço para patrocinar a insanidade do Sr. José Júnior.
Sr. Presidente, passado um ano as investigações não foram concluídas, e o que diz a legislação sobre o inquérito policial? Aliás, o Sr. José Júnior também desenvolve um projeto em parceria com a Polícia Civil – papo responsa. Ele consegue se infiltrar nas instituições, se utilizando da força que dispõe, do patrocínio da mídia, causar constrangimentos. Existe certo receio em fazer denúncias contra o Sr. José Júnior. Mas imaginar que ele mobilizou o aparato do Estado – o Ministério Público e a Polícia Civil – para investigar as denúncias que fez. Mas, passado – um ano -, qual a razão da morosidade? Por que as investigações não foram concluídas? O pastor Marcos Pereira foi vítima porque pessoas da família, pessoas em torno do trabalho por ele realizado, foram convocadas para prestar depoimento. Uma situação surpreendente que – só nos modelos fascistas conhecidos pela humanidade – se tem notícia. Por que não há uma conclusão das investigações? Por que ao invés de investigar falsas denúncias levadas a efeito pelo Sr. José Junior não é este o investigado? Porque ele tem uma trajetória conhecida de envolvimentos conhecidos.
O SR. PRESIDENTE (Roberto Henriques) – Conclua, por favor, Deputado Paulo Ramos.
O SR. PAULO RAMOS – E ainda mama nas tetas do Governo. O comportamento dele, fazendo falsas denúncias, transtornando a vida de uma pessoa e de uma instituição religiosa, mobilizando a máquina do Estado, já esse procedimento é em si criminoso. Mas ele continua surfando, não se sabe até quando. Portanto, Sr. Presidente, concluo dizendo que venho a esta tribuna para exigir, pelo menos, a conclusão das investigações, a divulgação dos resultados, porque tenho certeza absoluta de que nada foi provado que pudesse dar o mínimo, a mais longínqua razão ao Sr. José Junior.
Mas quero também manifestar a minha solidariedade ao pastor Marcos Pereira. Que ele não desista, que ele persevere com o seu trabalho, mesmo sendo vítima de falsas acusações, de perseguições descabidas, que ele persevere. Porque o trabalho social por ele desenvolvido tem apresentado belíssimos resultados, muito superiores a qualquer invenção, a qualquer resultado que venha a ser apresentado pelo Sr. José Junior, com o AfroReggae, porque tudo não passa de uma trama, de uma orquestração que, infelizmente, encontra eco em alguns setores que deveriam se fazer respeitar.


O JUSTO E LIBERTADO DA ANGUSTIA E VEM O IMPIO PARA O SEU LUGAR .
              Probérvios   11/8

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