sábado, 25 de maio de 2013

Adulterar leite leva também para o presidio, a pena vai de 4 a 8 anos de reclusão.

Quatro pessoas foram presas desde a noite desta terça-feira (21) no Rio Grande do Sul em um desdobramento das investigações do Ministério Público sobre adulteração de leite in natura no Estado.
As prisões apontam para a existência de núcleos independentes de fraudes em mais dois municípios do interior gaúcho: Rondinha e Boa Vista do Buricá, que se somam a Horizontina, Guaporé e Ibirubá, revelados na primeira fase da operação, deflagrada no último dia 8.
Segundo a Promotoria, os problemas não se davam na produção, mas na fase de transporte. Empresas gaúchas de transporte de leite adulteravam o leite cru entregue para a indústria.
Uma das formas de adulteração se dava pela adição de substância semelhante à ureia e que possui formol em sua composição. Com isso, os transportadores elevavam o aumento de leite transportado, e, consequentemente, os lucros --em até 10% a mais que os 7% já pagos pela indústria sobre o preço do leite cru, em média R$ 0,95 por litro.
Na operação desta quarta-feira, dois empresários do transporte de leite e um funcionário foram detidos em Rondinha. Em Horizontina, um empresário e vereador foi preso na noite de terça (21) --a Promotoria diz ter indícios de que ele planejava deixar o país.
 
Dando continuidade às ações da Operação Leite Compen$ado, fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) queimaram 6,2 toneladas de leite em pó produzidos a partir de leite cru onde foi detectada a presença de formol
Um transportador de Boa Vista do Buricá teve o pedido de prisão negado pela Justiça --com ele foi encontrada uma anotação com a suposta fórmula usada para adulteração do leite.
Houve ainda apreensão de quatro caminhões utilizados para transporte de leite, de notas fiscais que comprovariam a compra de ureia e de planilhas com dados do suposto esquema.
Apenas na cidade de Rondinha, laudos produzidos entre fevereiro e março deste ano pelo Ministério da Agricultura, que participa da operação com a Promotoria gaúcha, confirmaram a presença de formol no leite cru, somando 113 mil litros impróprios para consumo da população.
Todo o produto tinha como destino a Confepar, uma união de cooperativas agropecuárias do norte do Paraná, que também será investigada.
Segundo o promotor Mauro Rockenbach, não há condições de levantar a quantidade de leite adulterado consumido pela população.
A adulteração do leite é enquadrada como crime de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos alimentícios, que prevê pena de quatro a oito anos de prisão.
A adição de água para aumentar o volume do leite gera perda nutricional, compensada pela adição da ureia --produto que contém formol na composição e é considerado cancerígeno.
A fraude, diz a Promotoria, foi comprovada através de análises químicas do leite cru, onde foi possível identificar presença de formol, que persiste no produto final mesmo após os processos de pasteurização.


A riqueza de procedência vã diminuirá  mas quem ajunta com o próprio trabalho a aumentará.
PROVÉRBIOS 13/11

Nenhum comentário:

Postar um comentário