A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), em
conjunto com a Secretaria de Agricultura e Pecuária, tem desenvolvido
programas com o objetivo de preservar a água potável. As ações se
dividem em duas frentes: a proteção de nascentes e o reflorestamento de
margens de rios. Para isso, a Cedae realiza a ressocialização de presos,
que trabalham no plantio de mudas nas áreas de atuação.
O Programa “Rio Rural”, da Secretaria de Agricultura e
Pecuária, lançou em 2007 a campanha “Rio Rural 2016 – Água Limpa para o
Rio Olímpico”, em busca de melhorias nas condições de nascentes de
cursos d’água. O Programa também oferece incentivos financeiros de até
R$ 7 mil diretos ao produtor que deseja preservar as fontes de água, de
acordo com o perfil de sua propriedade.
Outra ação para melhorar a produção de água potável é o
reflorestamento das margens de rios Guandu e Macacu, por meio do
Programa “Replantando Vida”. A Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro (UFRRJ), de Seropédica, oferece assistência técnica e fornece as
sementes. O rio Guandu é o principal manancial do Estado, responsável
por 80% do abastecimento do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense. Com o
programa, a Cedae economiza no tratamento da água bruta, porque o
reflorestamento das margens torna os rios mais limpos.
Para a Bacia do rio Macacu, pretende-se plantar árvores
nativas deste trecho do Bioma Mata Atlântica, enquanto que, para a mata
ciliar do rio Guandu, a Cedae se responsabiliza pela qualificação de
mão-de-obra e seu gerenciamento, enquanto que outros aspectos
relacionados à conservação deste corpo hídrico estão sob a supervisão
direta da Secretaria de Estado do Ambiente.
Cerca de 150 detentos em regime aberto e semiaberto, de ao
menos dez unidades e instituições penais, participam do Programa e
passam por uma formação, como agente de reflorestamento, com duração de
1080 horas-aula. Além das atividades de replantio, os internos são
selecionados para trabalhar na construção e manutenção de incubadoras de
mudas. Há pagamento de salários e redução de um dia de pena para cada
três trabalhados.
O replantio da mata ciliar das margens do Rio Guandu também
é feito por detentos em regime aberto e semiaberto, resultado do
convênio firmado entre a Cedae e a Fundação Santa Cabrini.
Também estão sendo realizados projetos para a despoluição da Lagoa Rodrigo de Freitas e da Baía da Guanabara.
Numa atitude em prol do desenvolvimento sustentável do
estado, estes programas contribuem com a preservação do meio ambiente, a
inserção social e melhoria da qualidade de vida do Rio de Janeiro.
Metodologia
O projeto
Replantando Vida de reflorestamento se abastece de mudas de mais de 100
espécies de árvores nativas de Mata Atlântica em viveiros cultivados
pela empresa: na Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu, em Nova
Iguaçu; na incubadora de mudas Arthur Sendas, no Centro de Visitação
Ambiental da ETE Alegria, no Caju, Zona Norte do Rio; Viveiro Manuel
Gomes Archer, na área do reservatório Victor Konder, em Campo Grande,
Zona Oeste e o viveiro de produção de mudas florestais na ETE São
Gonçalo, no Bairro Boa Vista, nas instalações da própria ETE.
O viveiro do Guandu, o primeiro criado pela Cedae, foi
ampliado e hoje produz cerca de 300 mil mudas por ano; o da ETE Alegria,
31 mil/ano; o de Campo Grande, cerca de 30 mil/ano; e o de São Gonçalo,
inaugurado em 2012, com capacidade de 180 mil mudas/ano. Também está
previsto o lançamento do viveiro da Colônia Penal de Magé, com
capacidade para produzir um milhão de plantas.
Do senhor é a terra e a sua plenitude , o mundo e aqueles que nele habitam. SALMOS 24/1
Do senhor é a terra e a sua plenitude , o mundo e aqueles que nele habitam. SALMOS 24/1
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