Videla atuou no Ministério da Defesa de 1958 a 1960, durante o governo democrático e posteriormente dirigiu a Academia Militar até 1962. Em 1971 ele foi promovido a general de brigada e nomeado por Alejandro Agustín Lanusse como diretor do Colégio Militar Nacional. No final de 1973, o chefe do Exército, Leandro Anaya, designou Videla como o Chefe do Estado Maior do Exército. Entre julho e agosto de 1975, Videla foi o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas da Argentina. Em agosto de 1975, a então Presidente, Isabel Perón, designou Videla para a posição sênior do Exército, a de General Comandante do Exército.
Quando ocupou a chefia do Exército, nomeado por Isabelita, em 1974, Videla encabeçou o golpe de Estado de 24 de março de 1976 que a substituiu por uma junta militar, formada por ele próprio, representando o Exército, o almirante Emilio Eduardo Massera pela Marinha e o brigadeiro general Orlando Ramón Agosti pela Força Aérea, dando início ao autodenominado Proceso de Reorganización Nacional. Os militares argentinos haviam recebido treinamento na famosa Escola das Américas, localizada no Panamá e financiada e dirigida pelos Estados Unidos. O golpe militar fez parte de um plano maior de golpes militares em toda América Latina no qual se encontrava envolvida a CIA e os Estados Unidos, com o objetivo de impedir a chegada ao poder regimes de esquerda.
Em 29 de março assumiu a Presidência da Nação, que ocuparia até ser substituído pelo general Viola em 1981, pelo forte desgaste público de sua imagem e desavenças no seio da cúpula militar. “As violações aos direitos humanos durante a ditadura foram freqüentes e gravíssimas; o plano de repressão sistemática da oposição política e ideológica, combatida como subversão foi um dos elementos-chave na imposição e desenvolvimento do Proceso de Reorganización. No curso deste, a supressão do direito à ampla defesa, os encarceramentos ilegais, as torturas e os assassinatos de opositores foram moeda corrente, sobretudo nos núcleos urbanos de maior presença estudantil. Durante o governo de Raúl Alfonsín foi instituída a Comissão Nacional de Pessoas Desaparecidas (CONADEP) para investigar e documentar o sucedido. Com base nos achados da mesma, Videla e outros membros do governo militar foram condenados pela justiça”.
Em 22 de dezembro de 2010, Videla foi condenado à prisão perpétua por crimes de lesa-humanidade durante o período em que esteve à frente da ditadura militar na Argentina. Ao entregar a sentença, a juíza Maria Elba Martínez pronunciou que Videla representava “uma manifestação de terrorismo de Estado”. Durante o julgamento, Videla disse que “os inimigos do passado estão no poder e, de lá, tentam estabelecer um regime marxista” na Argentina.
Além de todas as condenações já sofridas, em julho de 2012 ele foi condenado, incluída a pena perpétua, a mais 50 anos de prisão por roubo de bebês durante a ditadura militar. A justiça argentina, depois de mais um ano de julgamento, considerou-o culpado de ter comandado um plano sistemático de roubo de recém-nascidos tirados de seus pais, presos políticos mortos ou desaparecidos. Além dele, outros acusados neste caso, entre civis e militares, também foram condenados a penas variando entre 5 e 50 anos de prisão. Com mais essa sentença, ele perdeu o direito de continuar solicitando o benefício da liberdade condicional, permitido na Argentina a partir dos 20 anos de reclusão.
– Eu sabia tudo o que estava acontecendo e autorizei tudo. Tenho peso na alma, mas não estou arrependido de nada – disse o ex-ditador.
A imprensa local informou que ele morreu de causas naturais enquanto cumpria sua sentença.
PORQUE EU NÃO VIM A CHAMAR OS JUSTOS , MAS OS PECADORES AO ARREPENDIMENTO. Mateus 9/13
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