Caixa e CNJ fazem convênio para liberar FGTS de presidiários
08/04/2013 -
Brasília – A Caixa Econômica Federal assinou convênio hoje (8) com o
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para tornar mais rápida a liberação
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para trabalhadores que
estejam cumprindo pena em penitenciárias de todo o país, e que têm
direito a sacar o fundo.
A medida deve beneficiar em torno de 27 mil pessoas com direito a
saques, nos casos previstos na legislação do FGTS. “Não criamos nenhuma
modalidade específica”, disse o vice-presidente de Fundos de Governo e
Loterias da Caixa, Fábio Ferreira Cleto.
O juiz Luciano André Losekann, do CNJ, ressaltou que custa caro liberar
o FGTS para presos, nas circunstâncias atuais, em que a decisão de
liberação é demorada e o Estado tem que destacar uma guarda de agentes,
fechar ruas e isolar a agência bancária onde será feito o saque.
A partir de agora, o processo de liberação será bem mais rápido – em
torno de duas semanas, de acordo com Fábio Cleto. Bastará o trabalhador
recluso solicitar o saque na presença do juiz da Vara de Execuções
Penais, e este encaminhará os documentos à Caixa para análise e
posterior crédito na conta corrente indicada.
A parceria será posta em prática, inicialmente, no estado de Minas
Gerais, com o propósito de exercitar e otimizar o modelo que será
ampliado às demais unidades da Federação.
De acordo com o gerente Henrique José Santana a parceria da Caixa com o
CNJ atende as condições de saque previstas na Lei 8.036/90:
- Demissão sem justa causa;
- Término do contrato por prazo determinado;
- Rescisão do contrato por extinção da empresa; supressão de parte de
suas atividades; fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos,
filiais ou agências; falecimento do empregador individual ou decretação
de nulidade do contrato de trabalho - inciso II do art. 37 da
Constituição, quando mantido o direito ao salário;
- Rescisão do contrato por culpa recíproca ou força maior;
- Aposentadoria;
- Necessidade pessoal, urgente e grave, decorrente de desastre natural
causado por chuvas ou inundações que tenham atingido a área de
residência do trabalhador, quando a situação de emergência ou o estado
de calamidade pública for assim reconhecido, por meio de portaria do
governo federal;
- Suspensão do trabalho avulso;
- Falecimento do trabalhador;
- Quando o titular da conta vinculada tiver idade igual ou superior a 70 anos;
- Quando o trabalhador ou seu dependente portar o vírus HIV, for
acometido de neoplasia maligna (câncer) ou estiver em estágio terminal,
em razão de doença grave;
- Quando a conta permanecer sem depósito por três anos ininterruptos;
- Na amortização, liquidação de saldo devedor e pagamento de parte das
prestações adquiridas em sistemas imobiliários de consórcio; e
- Na aquisição de moradia própria, liquidação ou amortização de dívida
ou pagamento de parte das prestações de financiamento habitacional.
A PESSAR DO MEU DIREITO SOU CONSIDERADO MENTIROSO... JÓ 34/6
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