quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

PRESIDIARIAS FAZEM ARTESANATO PARA LOJA DE SHOPING EM CAMPO GRANDE MT

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Bolsas, bonecas, enfeites e utensílios domésticos produzidos por reeducandas do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” (EPFIIZ), na Capital, agora podem ser conferidos e adquiridos na loja “ArtBlue”, do Shopping Campo Grande. A parceria, firmada entre a direção do presídio e a proprietária da loja, foi iniciada há cerca de um mês e está garantindo que a população em geral tenha acesso aos trabalhos desenvolvidos na unidade prisional.
As peças feitas pelas reeducandas ficam em consignação na loja, a renda adquirida com que é vendido é revertida em mais materiais para o trabalho, que garante remição de pena às custodiadas, além de ser uma maneira de proporcionar melhorias para as próprias artesãs.
De acordo com a chefe do Setor de Trabalho do EPFIIZ, Leila Alves da Silva, no local são produzidos artesanatos em tecido, crochê, bordados em fita, entre outros, em alguns casos com reaproveitamento de materiais. “Até retalhos são transformados em roupas para as próprias internas, e fica lindo”, assegura. Atualmente, 15 detentas confeccionam os materiais.
Leila explica que é constante a busca por novidades e peças diferenciadas. “A gente vê novas ideias em revistas, ou eu vejo alguma coisa na rua, e tentamos produzir”, revela. “Um dos nossos próximos lançamentos será um ‘porta toalha’ de rosto e uma espécie de enfeite para cobrir jarras e copos”, exemplifica.
Para a reeducanda S. M A. S., 40 anos, as horas dedicadas à oficina de artesanato no estabelecimento prisional representam uma espécie de terapia ocupacional, além de ser um estímulo à criatividade. “Tenho muito prazer em fazer isso, ocupa minha mente, e é muito bom ver meus trabalhos prontos e lindos”, declara a reeducanda.
Já M.S.A.S., 42 anos, revela que está sendo um período de aprendizado e aperfeiçoamento, que poderá garantir uma ocupação digna quando conquistar a liberdade. “Fiz um curso de corte e costura aqui no presídio e agora aplico o que eu aprendi aqui na oficina, estou cada dia melhor”, comenta. “Penso em trabalhar com costura também quando sair daqui”, revela. “Se o que a gente faz é bem aceito em loja de shopping, acho que a gente é bastante capaz”, complementa.
A empresária Telma Aparecida Silva Oliveira, proprietária da ArtBlue, garante que as peças possuem “ótimo acabamento”. “Temos um público bastante exigente, que preza muito pela qualidade, não podemos oferecer qualquer coisa, tem que ser bem feito”, diz. “E é notável o cuidado, dedicação e o carinho com que elas fazem”.
Conforme a proprietária, as peças que têm chamado mais atenção dos clientes são as bolsas de praia em tecido. “Eu sempre mostro os materiais e falo que é feito no presídio, muitas pessoas ficam surpresas. Acham bacana, não têm preconceito”, afirma.
Outro fator destacado pela empresária é o ambiente de harmonia proporcionado pelo trabalho no presídio. “Quando visitei para escolher as peças, estavam todas felizes trabalhando, nem parecia que estavam presas, percebi que estava contribuindo para isso também”, conta.


..chorando e mostrando as tunicas e roupas que Dorcas fizera quando estava com elas.    ATOS 9/39

Um comentário:

  1. Existem várias maneiras de ressocializar detentos dentro dos presídios. É só os governos quererem, terem força de vontade de fazer algo.
    Todos merecem uma segunda chance, pois todos sabemos quem levou estas pessoas a cometerem crimes:
    "Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais." Efésios 6.12

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