A criatividade da prisão e os livros de autores presos
O
processo criativo e a tão almejada inspiração dependem de duas coisas
básicas, tempo e falta do que fazer. Foi se aproveitando disso, que
alguns presidiários ilustres se tornaram grandes nomes da literatura,
escrevendo suas obras atrás das grades, enquanto cumpriam penas.
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Malory |
A lista de autores nessas condições é grande, mas
começaremos com Thomas Malory, o romancista inglês, ficou mundialmente
famoso pelo livro Le Morte d'Arthur (A morte de Artur), um dos mais
famosos romances sobre as histórias do rei Artur e os Cavaleiros da
Távora Redonda. A obra foi escrita em 1469, quando cumpria pena de
prisão em Londres, e publicada em 1485.
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Marco Pólo |
Malory não foi o primeiro a se utilizar do ócio criativo
proporcionado pela prisão, o explorador Marco Pólo, em 1298, se tornou
prisioneiro durante um ano, logo após retornar da China e comandar uma
esquadra de guerra entre Veneza e Gênova.
No período em que esteve encarcerado ditou ao companheiro de cela de
nome Rusticiano, os capítulos da obra “As Viagens de Marco Pólo”.
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CervantesMiguel |
Miguel de Cervantes é um dos mais ilustres dessa
relação, preso em 1597 em Servilha devido a dívidas, o escritor deu
início ao clássico “Dom Quixote”, durante os três meses em que esteve
encarcerado. Futuramente ele se tornou prisioneiro novamente, dessa vez,
dos piratas mouros, com quem viveu por cinco anos.
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Voltaire |
O filósofo Voltaire deu início ao poema épico
“Henríade”, entre os anos de 1717 e 1718, quando passou onze meses preso
na bastilha , por escrever poemas contra o regime de governo da época.
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John Cleland |
John Cleland estava preso devido a dívidas, em 1750,
quando recebeu uma proposta irrecusável de umeditor que se comprometia a
pagar todos os débito e tirá-lo da prisão, se escrevesse uma novela
pornográfica, nesse momento nasceu o clássico “Fanny Hill – Memórias de
Uma Mulher de Prazer”.
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Oscar Wilde |
Em 1895 o escritor Oscar Wilde passou por três
julgamentos e em maio, foi condenado a dois meses de trabalhos forçados
sob a acusação de “cometer atos imorais com diversos rapazes”. No livro
“De Profundis”, Wilde descreveu as cruéis condições da prisão e teceu
uma longa denúncia contra um rapaz chamado de Bosie, acusando-o de
provocar sua ruína. Bosie era um de seus amantes.
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Graciliano Ramos |
O alagoano Graciliano Ramos ficou preso por nove meses,
entre 1936 e 1937, sob acusações políticas. O escritor estava preso
quando foi publicado o seu romance “Angústia”.
A experiência na prisão, entretanto, rendeu um de seus mais famosos
romances: “Memórias do Cárcere”, relatando sua experiência na prisão. A
obra literária foi publicada após a sua morte, em 1953.
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Jean Genet |
A história de Jean Genet (1910) é bastante triste,
abandonado pela mãe na infância entrou cedo ao mundo dos crimes, indo
parar em um reformatório aos 10 anos de idade. Fugiu logo em seguida e
mudou de nome, continuou na vida bandida atuando como garoto de programa
e ladrão. Preso novamente foi parar em uma prisão, onde passou treze
anos de sua vida, período em que iniciou sua carreira literária.
Publicou em 1940 o romance “Nossa Senhora das Flores”.
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Adolf Hitler |
Antes de se tornar o maior tirano da história, Adolf
Hitler esteve preso durante cinco anos, na prisão de Landsberg. Sua
prisão ocorreu em 1923 e durante o confinamento escreveu o livro “Mein
Kampf” (Minha Luta), obra considerada como a bíblia do Nazismo.
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Dostoievski |
Por volta de 1838 Aos 17 anos Dostoievski teve uma forte
crise de epilepsia e abandou a vida militar para se dedicar à
literatura, nesse mesmo período se envolveu em conspirações
revolucionárias, indo parar na prisão, onde foi condenado à morte, a
pena acabou sendo comutada.
Em 1960, o autor de “Crime e Castigo”, “O Idiota”, “Memórias do
Subsolo”, entre outros. Passou a ser considerado como "escritor
universal", depois dos anos 1860.
Quem me dera agora, que as minhas palavras fossem escritas! Quem me dera, fossem gravadas num livro!JÓ 19-23
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