domingo, 16 de março de 2014

MUTIRÃO CARCERÁRIO EXCLUSIVO PARA MULHERES PRESAS EM CURITIBA E REGIÃO.

Um Mutirão Carcerário para julgar processos e pedidos de benefício exclusivamente das 674 mulheres presas em três unidades penitenciárias da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (SEJU) de Curitiba e Região Metropolitana, começou nesta quarta-feira (12/3) e segue até sexta-feira (14/3), na Penitenciária Feminina do Paraná (PFP), localizada em Piraquara.

Desta vez, o trabalho do Poder Judiciário foi adiantado por iniciativa de um grupo de advogadas da OAB/PR e Defensoria Pública do Paraná que, desde a semana passada, vem atuando junto ao Centro de Regime Semiaberto Feminino de Curitiba (CRAF), Penitenciária Feminina do Paraná (PFP) e Penitenciária Central do Estado Feminina (PCEF), em Piraquara, para levantar informações sobre a situação jurídica dessas mulheres.

O grupo, batizado “Mulheres pelas Mulheres”, está realizando atendimento para prestar orientações jurídicas e análise de prontuários das presas, com atenção especial para indulto e comutação de pena, das 372 presas da PFP, das 150 presas da PCEF e das 152 detentas do CRAF.
Irmã Denise na PCEF

Além disso, o grupo formado para marcar o Dia Internacional das Mulheres e composto por 10 advogadas, duas defensoras e 37 estagiárias, verifica as situações para outros possíveis benefícios, como concessão de prisão domiciliar, progressão para o Regime Aberto, Livramento Condicional e Remição de Pena.

Este é o 3º Mutirão Carcerário do ano e 28º realizado pelo Poder Judiciário, com apoio da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SEJU), Ministério Público, Defensoria Pública e OAB/PR desde junho de 2011. É conduzido pelo juiz da 2ª Vara de Execução Penal (VEP) de Curitiba, Moacir Antonio Dalla Costa, em conjunto com o Departamento Penitenciário do Paraná(Depen), OAB/PR e Defensoria Pública do Paraná.

Um levantamento prévio aponta a análise de 203 casos, equivalente a aproximadamente 1/3 das presas. Desse total verificou-se 16 situações envolvendo presas provisórias com possível direito a medida cautelar diversa da prisão ou relaxamento de prisão e outras 84 envolvendo direito à remição de pena.


Ainda, segundo o levantamento, o grupo apurou cinco casos abrangendo direito à progressão de regime; um caso de direito à liberdade condicional e 19 casos sobre adequação de pena. Avaliou ainda a situação jurídica de 38 mães com crianças em creche no próprio estabelecimento penal, sobre possíveis benefícios processuais, bem como selecionaram outros 30 processos para reanálise.

Conforme relatório do grupo Mulheres pelas Mulheres, houve destaque para o grande número de presas por tráfico de drogas com baixa quantidade de substância entorpecente e com provável enquadramento como usuária de drogas. As orientações jurídicas terão continuidade na sexta-feira, simultaneamente ao Mutirão Carcerário.

LEMBRAI-VOS DOS PRESOS.....   Hebreus 13/3

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