domingo, 25 de agosto de 2013

PRESÍDIOS DE CEARÁ , APENAS 12% DOS DETENTOS TRABALHAM.

As dificuldades do preso arrumar emprego já começam dentro do sistema penitenciário. O Ceará possui apenas 12,2% dos detentos trabalhando ou em alguma ocupação, de acordo com a Secretaria de Justiça (Sejus).
Dos 17.526 detentos (dados de dezembro de 2012), 409 trabalham dentro das unidades prisionais, 1.149 exercem trabalho externo e 633 são atendidos por projetos conveniados da Sejus com empresas e órgãos públicos, totalizando 2.191 internos com alguma ocupação. “São atividades diversas, que vão desde serviços gerais e manutenção das unidades até projetos externos, como limpeza de parques, fabricação de semijoias e reciclagem”, explica a assessoria.
Apesar dos números, conforme o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), até junho do ano passado, o Ceará era o segundo estado brasileiro com menor índice de presos trabalhando. Dos 18.304, na época, apenas 554 trabalhavam.
Enquanto a média nacional de presos é de 20%, o Ceará tinha apenas 3% da população carcerária trabalhando ou exercendo alguma atividade de laborterapia (capacitação que envolve atividade produtiva).
Confira outros dados:
Arte
Unidades penitenciárias estão superlotadas (ARTE: Luana Araújo)
Número vergonhoso
O baixo índice de presos que têm alguma ocupação nos presídios do Ceará é vergonhoso, de acordo com o sociólogo Fran Yan Tavares. “O Estado tem uma política pública bem abaixo do esperado. Por conta disso, a gente se depara com um problema grandioso”.
De acordo com Tavares, ao cumprir uma pena, o detento não está sendo qualificadonem preparado para se ressocializar. “Os presídios se tornam uma escola do crime, porque o detento sai sem nenhuma perspectiva, da mesma forma que ele foi tratado quando ainda estava preso. É como se ficasse marcado na pele, como uma tatuagem, que ele já esteve na cadeia”.
Para minimizar o problema, o sociólogo afirma que é preciso qualificar a população carcerária. “Parece que o problema de alguém cometer um crime só é resolvido prendendo o criminoso e pronto. Mas não é bem assim, o Estado tem de investir na ressocialização do preso. Ele já custa caro, mas a verba alta não é bem utilizada”, afirma.
Os direitos
Conforme a Constituição Federal, todos os detentos têm direito a trabalhar. A atividade laboral permite diminuir o tempo de duração da sentença. A contagem do tempo para a liberdade é feita em razão de um dia de pena por três de trabalho; e ele recebe, no mínimo, ¾ do salário mínimo.

LEMBRAI-VOS DOS PRESOS.....    Hebreus 13/3

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