Detentos do Piauí estão praticando xadrez para facilitar o processo de ressocialização. O projeto está sendo desenvolvido pelo promotor de Justiça Edilsom Farias, juntamente com a Federação Piauiense de Xadrez e o Núcleo de Atenção Permanente ao Preso.
O programa "Xadrez que liberta" está sendo executado em todo o Brasil e tem por finalidade introduzir a prática do xadrez como uma atividade lúdica que desenvolve aspectos cognitivos, padrões morais e sociais nos internos das unidades prisionais. No Piauí, o programa foi implantado na Colônia Agrícola Major César.
O grupo de internos assiste às aulas uma vez por semana. Segundo o Ministério Público, a atividade tem surtido os efeitos esperados, estimulado o raciocínio dos participantes, promovendo o aumento da auto-estima, a tomada de decisões, o exercício do livre árbitro, a criatividade, a perseverança, e a reflexão sobre o binômio ação-reação e a inclusão social.
Após a aprendizagem completa do jogo de xadrez, os presos disseminarão e multiplicarão internamente esta prática desportiva. A iniciativa deve ser levada a outras unidades prisionais do Estado do Piauí.
Na segunda-feira (6/5), os alunos do curso de xadrez receberam certificados assinados pelo professor Júlio José da Silva Neto, que ministrou as aulas. Em seguida, serão realizadas partidas entre os presos e voluntários convidados.
A solenidade aconteceu na própria Major César e contou com a presença de várias autoridades. O Ministério Público foi representado pelos promotores Edilsom Farias e Elói Pereira Júnior e ainda pelo procurador de Justiça Ribamar Assunção.
Também estiveram presentes: o desembargador Francisco Paes Landim, Corregedor-Geral da Justiça; o desembargador Francisco Meton, presidente do Tribunal Regional do Trabalho; o juiz da Vara de Execuções Penais, Vidal de Freitas; o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/PI, Francisco Campelo Filho; o professor de Direito Nelson Juliano, chefe do Departamento de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Piauí; e o deputado estadual Merlong Solano, além de empresários da capital e um representante da Secretaria de Justiça, Raumário Mourão e Silva.
Para o promotor Edilsom Farias, que coordena o projeto, o evento desmistifica a ideia de que o xadrez é um esporte de elite e que somente uma determinada classe social pode jogar. "Acredito que o xadrez possa ajudar a recuperar esses cidadãos em débito com a justiça. O esporte oferece a eles uma opção de lazer de excelente qualidade, propondo mudanças de comportamento", declarou.
O projeto vai beneficiar, inclusive, jovens infratores que se encontram detidos.
LEMBRAI-VOS DOS PRESOS........ HEBREUS 13/3
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