sábado, 2 de novembro de 2013

DETENTOS DE PRESIDIO NO PARÁ SE TORNAM MARCENEIROS.

“Quando entrei na prisão não sabia fazer nenhum trabalho manual. Hoje, já me sinto um profissional preparado e quando sair pretendo abrir minha marcenaria”, disse o detento José Maria Machado, 51 anos, que cumpre pena há três anos no Centro de Recuperação do Coqueiro (CRC), em Belém. Ele e outros 50 detentos trabalham nas cinco marcenarias espalhadas pelas unidades prisionais da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe).
Os presos selecionados para trabalhar nas marcenarias participam de oficinas e cursos de capacitação que duram em média três meses. Eles fabricam portas, janelas, bancadas de computadores, entre outros móveis que são utilizados nos espaços gerenciados pela Susipe. Recentemente, os detentos confeccionaram mais de 20 camas-berço utilizadas na primeira Unidade Materno Infantil do Sistema Penal, entregue na última semana pelo governador em exercício, Helenilson Pontes.
As peças confeccionadas pelos internos também foram levadas para a Feira do Artesanato Mundial (FAM), que acontece no Hangar. “Para mim é uma honra saber que meu trabalho está sendo útil. É muito melhor ficar dentro da marcenaria trabalhando do que preso em uma cela. Além de ocupar a mente, a gente aprende uma nova profissão e ainda ganhamos reconhecimento”, afirmou o interno José Flávio Garcia, que trabalha há dois anos na marcenaria do CRC.

O coordenador das atividades da marcenaria, Fábio Barros, explicou que as oficinas têm como principal finalidade desenvolver ações de ressocialização através da educação e formação profissional para qualificar o interno, por meio de parcerias firmadas entre a Susipe e diversos órgãos do Estado, como a Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda (Seter) e a Fundação Curro Velho. Ele também ressaltou que o preso que exerce alguma atividade dentro da penitenciária tem um dia a menos de pena, a cada três dias trabalhados.
A participação nas atividades, além de motivar os detentos, contribui para reinseri-los na sociedade e no mercado de trabalho. Segundo Barros, o incentivo faz com que muitos tomem iniciativa e montem suas próprias marcenarias. “Recentemente tivemos casos de ex-detentos que montaram seu próprio negócio. Para nós esse é um ótimo retorno de que a capacitação está sendo muito positiva”, finalizou.

AQUELE QUE FURTAVA , NÃO FURTE MAIS ; ANTES TRABALHE , FAZENDO COM AS MÃOS O QUE É BOM ......                   Efésios      4/28

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