domingo, 3 de fevereiro de 2013

URUGUAY O PAIS MAIS SEGURO DE AMÉRICA?

Uruguai, o país mais seguro da América Latina pressionado pela insegurança cidadã

 O Uruguai é o país com o menor índice de delitos na América Latina, no entanto, o progressivo aumento dos homicídios e dos roubos fizeram com que a opinião pública situe este tema como o de maior prioridade e preocupação. José Mujica teve uma intensa semana centrada no combate à delinquência: convocou em duas ocasiões o seu gabinete e se reuniu com os principais líderes da oposição para desenhar uma estratégia conjunta.
O Uruguai está bem longe de ter os números que apresentam Venezuela, Honduras, El Salvador ou Guatemala no tema da insegurança cidadã. O recente relatório Latinobarómetro mostrava que à pergunta “Em uma escala de 1 a 10, onde 1 é “Muito pacífico” e 10 é “Muito violento” Onde você localiza  o(nome do país)“, o Uruguai ficou com uma média de 4, o mais baixo de todas as nações latino-americanas, sendo a Guatemala (com 7 pontos)o país considerado mais violento.
Quanto à taxa de homicídios, o Uruguai é dos que tem um número comparável, segundo o relatório, à dos países desenvolvidos. Assim, Javier Donnángelo, diretor da Divisão Estatística e Análise Estratégica do Ministério do Interior, assegurou que “esta informação sugere que o grande alarme que se gerou nos últimos dias sobre uma onda de delitos em um espaço breve de tempo, é um sentimento bastante desproporcional, que não está em correspondência com a realidade”.
A taxa de homicídios no Uruguai gira nos últimos anos em torno de 6 pessoas a cada 100.000 habitantes, enquanto em Honduras supera os 80, em El Salvador os 70 e na Venezuela chega a 67 por cada 100.000 habitantes.
O aumento da sensação de insegurança
Apesar destas cifras os acontecimentos dos últimos meses provocaram um aumento da sensação de insegurança. O mesmo relatório do Latinobarómetro mostrou que em 2008 a população uruguaia tinha uma percepção da criminalidade e da violência que igualava à da população mexicana: 39% dos uruguaios considerava que o problema mais importante para o país era a delinquência.
Nove em cada dez uruguaios estão insatisfeitos com a segurança, quase a metade foi vítima de um delito no último ano e 60% dos interrogados uruguaios considera que a “falta de segurança” é o principal problema do país. Essa cifra converte o Uruguai no país com mais proporção de pessoas que opinaram que a insegurança é o mais preocupante. Na Venezuela o tema também ocupa o primeiro lugar das inquietudes, mas em menor medida: os 54% dos entrevistados identifica-o como o tema mais preocupante.

Rebelião em presidio Uruguayo

No que vai do ano se registraram no Uruguai 137 homicídios, o que significa um aumento de mais de 60% com relação ao mesmo período de 2011 e se registrou, segundo o jornal El País de Montevidéu, um morto por dia em episódios violentos.
Na realidade, o que mais aumentou foram “as denúncias por lesões, violência doméstica e principalmente roubos. Efetivamente, o incremento das rapiñas (roubos em que a vítima é ferida) é o mais significativo, não só pela quantidade (de 16,7 roubos em cada 100.000 habitantes em 1990 passa a 56,5 roubos em 2005) senão também porque o componente violento  joga um papel importante neste tipo de delito, que poderia ser resumido a um roubo onde a vítima é atacada e resulta ferida”.
Por exemplo, o assassinato a sangue frio de um empregado de um restaurante no dia 12 de maio em um assalto gerou uma onda de indignação e a sociedade acabou se mobilizando, pois na semana passada cerca de 2.000 pessoas se reuniram em frente à Torre Executiva, sede da presidência uruguaia, para reivindicar maior segurança pública.
Romana Ferrer, quem convocou o protesto, leu um texto se refletiu o sentimento generalizado: ”temos que estar conscientes de que estas coisas são as que acontecem diariamente… tem que mudar porque (nós) os uruguaios não estamos acostumados a tanta violência, a tanta injustiça, a tantas famílias destroçadas”.
O próprio Presidente José Mujica admite com clareza o problema: “o Uruguai é o país mais seguro nesta pobre América Latina, felicitam-nos por isso, e no entanto, todos nós sabemos que estamos retrocedendo quanto ao que éramos”. E de fato, é tal a situação de percepção de insegurança (para além das cifras) que o presidente manteve nesta semana três reuniões centradas em este tema, duas com seus ministros e outra com as forças da oposição.
Uma prioridade política
José Mujica reuniu-se na quinta-feira pelar segunda vez na semana a seu gabinete de segurança, preocupado com o impacto dos delitos e em busca de soluções que detenham a escala de insegurança.
 José Mujica, em seu escritório na Torre Executiva, en Montevidéu (Uruguai)

Ademais, um dia antes, reuniu-se com representantes do opositor Partido Colorado para debater planos para enfrentar essa crescente insegurança.
Governo e oposição diferem em torno de como combater a insegurança, pois o Partido Colorado sem o aval do oficialista Frente Amplio, promove a iniciativa de propor um referendo para endurecer a Justiça juvenil e rebaixar a idade de imputabilidade penal dos 18 aos 16 anos.
Enquanto isso, José Mujica pediu apoio à população (“de toda a gente”) para combater a insegurança: “precisamos amplíssima colaboração de todas as pessoas e não devemos nos dar ao luxo de nos dividir como nação, isto é o pior que pode passar”.
O Presidente admitiu que ”são muitos os compatriotas, sobretudo na grande cidade (Montevidéu), que têm medo, e essa sensação é legítima, há que começar por reconhecê-la”, mas advoga por não solucionar o problema somente com “mão de ferro”, não “só a paus, porque há uma perda de valores muito grande”.
Depois da reunião do gabinete na quarta-feira, o vice-presidente Danilo Astori disse, sem dar detalhes, que se “estão preparando medidas de forte impacto… Oportunamente se vai anunciar o conjunto de projetos. Vamos apresentá-los global e integralmente. Está-se trabalhando intensamente para que não haja demora. Temos a necessidade de fazer estes anúncios brevemente”.
A oposição, especialmente os colorados, defendem precisamente essas medidas de “mão de ferro” contra a insegurança. A reforma encabeçada pelo partido Nacional  e o Colorado aponta a diminuir o limite para cumprir pena de prisão a 16 anos em casos de homicídios, lesões graves, rapiñas, sequestro e violação.
Ademais, aspiram manter os antecedentes dos menores que tenham passagem na polícia quando estes cumpram a maioridade, e criar um instituto de reabilitação especializado independente do Instituto do Menino e do Adolescente do Uruguai (INAU).
Presidio Femenino em Durazno-Uruguay
 Não adianta legalizar a maconha, discriminalizar o aborto ou reduzir a idade penal para 16 anos, o grande problema dos Uruguayos é a falta de Deus .
Para um país que tem ainda quase 20%da população atéia, e ainda aqueles que se dizem religiosos ,não tem entendimento das escrituras o aumento da criminalidade é algo óbvio.
Certa senhora fez un comentário (anônimo) em nosso blog ,dizendo que o Uruguay não precisava de nossas orações porque é um pais de"muita paz"e que não necessita de Deus.
Vejam alguns fatos,  que até anos atráz eram impenssados na minha cidade de Durazno ,no interior do Uruguay: 1)Jovem morre em ajuste de contas por causa de drogas; 2)Casal abusa de
várias crianças em acampamento; 3)Pessoas agridem policias e destroem viaturas da polícia...
A senhora que fez o comentário ,como dizendo para mim que não sei de nada, porque faz tempo que sai do país, não se enterou de que jovem de Durazno foi morta por torcedores por proteger seu carro de vándalos em Montevideo.    
Fui de ultraizquerda, morei em favelas brasileiras,  me envolvi com movimentos revolucionários , convivi com o indio Boliviano e o camponês Peruano, moro hoje em uma comunidade que tinha altissimos niveis de criminalidade e foi mudada pelo trabalho social e religiosa, e hoje faço trabalho em presidos e com menores infratores.
Minha experiência de vida me faz refletir ;Uruguay precissa de DEUS!!!


Bem aventurada é a nação cujo Deus é o senhor       SALMOS  33/12 

2 comentários:

  1. Cheguei de viajem ontem do Uruguai, viajando de carro, eu minha noiva e um amigo que veio da España. Nossa ideia era 2 dias em Montivideo, e dois dias em Buenos Aires. Após percorrer cerca de 800km desde o Rio Grande do Sul até Montivideo, procurávamos o apartamento na Calle Isla de Flores, quando passamos por um grupo de três homens com idade próxima aos 25 anos. Um deles gritou, "quer ajuda amigo" seguimos um pouco mais a frete e paramos o carro. Ao descer vi que se aproximavam, é um deles saiu da calçada em direção à rua. Entrei rapidamente para dentro do carro, enquanto nos trancávamos para sair, um deles batia no vidro e forçava a porta, do outro lado um deles deu um puxão na porta. Manobrei rapidamente e o que estava na minha porta passou alguma coisa por cima do carro para o outro, que lançou contra o vidro do carro três esferas que romperam o vidro. Iniciamos a volta no mesmo momento. O mais curioso que na oficina que troca vidros, havia uma fila de 5 carros par sermos atendidos, todos pelo mesmo problema. NÃO VÁ PARA O URUGUAY! VOCÊ VAI SE CHATEAR.

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