quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Professora e Agente penitenciario são feitas refén em presidio de Contagem M.Gerais

Presos se rebelam na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem

 

Segundo a Secretaria de Defesa Social, duas pessoas são feitas reféns.
Motim acontece no Pavilhão 1, segundo a PM.

Presos da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, começaram uma rebelião na manhã desta quinta-feira (21). Duas pessoas - um agente penitenciário e uma professora - são feitas reféns, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). A tropa da Polícia Militar (PM) está no local. O motim, segundo a PM, é feito no Pavilhão 1. O assessor de imprensa da 2ª Região da PM, major Sérgio Dourado, disse que não há feridos.

De acordo com o subsecretário de Administração Prisional, Murilo Andrade de Oliveira, 90 presos estão envolvidos no motim. Neste pavilhão estão presos condenados por por crimes como tráfico de drogas, furto e roubo. O pavilhão onde acontece a rebelião é ao lado de onde está detido o goleiro Bruno Fernandes, réu no processo de desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-amante do atleta. Além de Bruno, está detido no mesmo pavilhão o amigo dele Luiz Henrique Romão, o Macarrão.
Ainda segundo Dourado, há informações de que os presos estejam com duas armas, mas a corporação informou que elas ainda não foram vistas pelos policiais. Dois presos estão à frente das negociações.
Os presos saíram das celas e estão no pátio. Eles queimaram colchões e usaram pedaços de tecidos para tentar escapar do pavilhão pelo telhado. Eles também usaram o que parece ser roupa de cama para escrever as palavras "opressão" e "sistema" no chão do pátio do pavilhão. Um helicóptero da polícia acompanha a movimentação. Policiais estão nos muros do presídio fazendo o monitoramento os detentos.
O Grupamento de Ações Táticas Especiais chegou ao presídio às 12h20 para comandar a negociação de rendição. Alguns detentos estão no telhado e jogam telhas no pátio. Há informações de que uma pessoa estaria embaixo de uma pilha de colchões. É possível ver fumaça em outro pavilhão.
O subsecretário teria dito, segundo uma fonte ligada a ele, que os rebelados reclamam da demora na autorização de visitas e na proibição da entrada de mulheres grávidas. Eles ainda se queixam da diração do presídio e pedem revisão de pena.
O motim começou quando a professora, que é uma das reféns, dava aula para alguns dos detentos, pelo ensino fundamental, e era escoltada pelo agente, que também está em poder dos rebelados.
A auxiliar de enfermagem Júlia Delfim, que trabalha em um posto de saúde da região, disse que, em certa ocasião, ouviu a professora dizer que gostava de ensinar os presidiários. Ainda segundo Júlia, em 12 anos de profissão dentro da Nelson Hungria, a educadora falou não ter havido nenhum registro de confusão entre ela e os detentos.
Rebelião na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (Foto: Reprodução/Globocop/TV Globo Minas)
Detentos revelados escrevem com lençois "Opressão" e "Sistema"

  Se o mundo vos odeia,sabeis que primeiro do que a vós, me odiou a mim       JOÃO 15/18

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