Viúva de Cabo Bruno recebe mensagens de apoio pela internet
Mais de 90 mensagens foram postadas em rede social.
Suspeito de chefiar esquadrão da morte, Cabo Bruno foi executado.
Cabo Bruno foi executado com cerca de 20 tiros
A pastora Daisy França, de 46 anos, viúva do ex-policial militar
Florisvaldo de Oliveira, conhecido como Cabo Bruno, recebeu nas últimas
treze horas – das 21h30 às 10h30 - mais de 94 mensagens de apoio e
solidariedade na página que mantém em uma rede social.Conhecido por chefiar um esquadrão da morte na capital paulista na década de 1980, Florisvaldo foi executado na noite de quarta-feira (27) com cerca de 20 tiros. Ele havia ganhado liberdade no dia 23 de agosto, depois de ficar 27 anos preso – sendo que 10 foram cumpridos na penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, a P2 de Tremembé.
- Justiça concede liberdade ao Cabo Bruno após 27 anos de prisão
- Defesa de Cabo Bruno avalia esquema para saída sigilosa
- Cabo Bruno deixa a P2 de Tremembé depois de 27 anos na cadeia
A maioria das mensagens foi postada por amigos evangélicos que chamam o ex-policial de “Ex Cabo” ou “Pastor Bruno” e pedem para que a viúva tenha força.
Daisy casou com Cabo Bruno dentro da penitenciária em julho de 2008. O casal morava em Pindamonhangaba. “Pastora você curtiu seu sabor de mel por 33 dias, mas viu sua vitória, seu testemunho continua sendo enorme, e tu és vitoriosa mulher valorosa”, diz uma amiga.
Outra amiga diz que Cabo Bruno “com certeza foi recebido pelos anjos de Deus”. “Realmente é lamentável o que aconteceu!!! Meus sentimentos a você pastora, que a alegria do Senhor seja a vossa força! Ele com certeza foi recebido pelos anjos de Deus”, diz.
Assassinato
O ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira, o Cabo Bruno, de 53 anos, foi executado na noite da última quarta-feira (26), em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo. O crime ocorreu por volta das 23h45, no bairro Quadra Coberta, quando ele voltava para casa, após participar de um culto na cidade de Aparecida (SP).
Cabo Bruno estava em liberdade há 35 dias, depois de cumprir 27 anos de prisão. No dia 23 de agosto, ele foi beneficiado pela lei do indulto pleno. Ex-policial militar, ele foi condenado a 120 anos de prisão por chefiar um esquadrão da morte que atuava na periferia de São Paulo na década de 1980, segundo o Tribunal de Justiça.
O grupo foi responsável por mais de 50 assassinatos, e Cabo Bruno foi condenado por 17 deles. Ao longo dos anos, a pena foi reduzida de forma progressiva, levando em conta trabalhos e bom comportamento do preso na cadeia.
De acordo com a Polícia Militar, Florisvaldo de Oliveira voltava para casa, que fica na rua Álvaro Leme Celidônio, acompanhado de familiares. Dois homens se aproximaram - um de cada lado da rua - e efetuaram cerca de 20 disparos contra o ex-policial, que morreu na hora. A maior parte dos tiros atingiu o rosto e o abdômen da vítima. Nada foi levado e mais ninguém foi atingido.
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