Penitenciária tinha um projeto de evangelismo forte e contava com dezenas de pastores de células
Um incêndio em uma prisão em Comayagua, cerca de 140 quilômetros ao norte de Tegucigalpa, capital de Honduras, chocou o país. Morreram pelo menos 300 prisioneiros, muitos deles eram pastores evangélicos que realizavam cultos diários na prisão.
O porta-voz do corpo de bombeiros, Josué Garcia, descreveu como “horrível” as cenas que ele viu no lugar enquanto tentavam apagar o fogo. Ele disse que muitos prisioneiros morreram gritando por não conseguir sair de suas celas. Na prisão havia 852 homens encarcerados.
Her Chinchilla, líder de um grupo de capelães prisionais de Honduras, falou sobre o estado de muitos dos prisioneiros e suas famílias.
“Confirmamos que existem muitos cristãos entre as vítimas “, explicou. Foi divulgado que entre 180 e 200 dos presos eram crentes que estavam reunidos em uma capela no centro da prisão. Este composto foi um dos primeiros a ser consumido pelas chamas. Estima-se que cerca de 100 dos mortos eram “pastores de células”.
“No centro temos pastores e co-pastores que fazem o trabalho com os presos. Muitos deles fazem seu treinamento teológico para serem pastores aqui mesmo. Há cultos todos os dias, esse trabalho é apoiado por diferentes igrejas e ministérios. Há discipulado todos os dias pela manhã e à tarde. Eles faziam correntes de oração por pessoas que ainda estão envolvidas no crime”, concluiu.
Havia um sistema de “células”, onde um prisioneiro pregava toda noite, com aprovação das autoridades prisionais. Os líderes das células eram escolhidos de acordo com seu testemunho. Vários agentes penitenciários participavam, ouvindo a pregação dos líderes de cada célula.
Chinchilla e vários pastores começaram a dar apoio espiritual às famílias que perderam seus entes queridos depois do incêndio. Mas eles dizem que isso não impedirá a continuidade do ministério, que deve ser recomeçado assim que a penitenciária reabrir.
Um levantamento do ministério indica que cerca de 70 presos que cumpriram pena naquele presídio hoje são pastores de igrejas em diferentes partes de Honduras.
“Um amigo ficou preso 12 anos, tornou-se um pastor na cadeia, está livre e hoje lidera uma grande igreja de 400 membros. Graças a Deus aprendeu bem o que lhe foi ensinado”, diz Chinchilla.
O presidente de Honduras, Porfírio Lobo, prometeu uma investigação completa sobre o incêndio. Ele disse que “foi uma tragédia lamentável e inaceitável”. Investigações ainda devem aprontar a causa do fogo. A hipótese mais provável é que as más condições eléctricas provocaram o fogo.
Rogamos as orações do povo de Deus já que aqueles que evangelizamos presídios corremos muitos riscos. Ao contrario do que muitos pensam o fator de menor risco são os próprios detentos que na maioria dos casos tem extremo respeito por aqueles que levamos a palavra de Deus para eles.
No caso de nossos irmãos de Honduras o que tiro a vida deles foi o sistema de segurança que na hora do incêndio com medo de fuga em massa dos detentos os deixo sem condições de escapar do fogo.
Pastor Hugo Chavez
Pastor Hugo evangelizando detentos dentro do centro de triagem |
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