segunda-feira, 9 de junho de 2014

PROJETO "ACORDES LIVRES" EM PRESÍDIOS DO PARÁ TENTA DESCOBRIR TALENTO MUSICAIS ENTRE OS INTERNOS.

“A música é muito importante para mim, pois quando eu estava triste com alguma coisa, pegava o violão e tocava uma canção para me distrair. Isso tirava o peso do meu coração e ajudava a passar melhor o tempo”. O depoimento do interno Joycir Moreira mostra o resultado do trabalho executado pelo projeto Acordes Livres, do Núcleo de Reinserção Social da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe). O objetivo é despertar e descobrir talentos musicais entre os internos por meio de aulas de canto e violão popular, usando a música como meio de reinserção social.
Iniciado em 2011, o projeto atende atualmente 65 internos de seis unidades prisionais da Região Metropolitana de Belém (RMB): Presídio Estadual Metropolitano 2, Centro de Detenção Provisória de Icoaraci, Centro de Recuperação Feminino, Centro de Recuperação do Coqueiro, Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico e Centro de Recuperação Regional de Mosqueiro.
Januário Palheta é um dos 16 internos participantes do projeto. Pianista profissional com formação clássica, ele já tocava piano desde os 8 anos de idade. “É um orgulho participar desse projeto. Muitos outros internos que nunca pensaram em tocar algum instrumento pedem hoje para participar do projeto também. Eles veem que, além da reinserção social, é uma forma de mostrar à sociedade o seu talento. A música é emoção e sempre foi o norte da minha vida.  Estando aqui no cárcere, tive uma grata surpresa, pois nunca imaginei que fosse encontrar música no lugar onde estou, o que é importante, pois a gente resgata toda uma possibilidade de ter um futuro melhor”, diz.
O instrutor musical Eliéser Vieira explica que os alunos aprendem noções de partituras, acordes, ritmo e também canto. O repertório do grupo já conta com 70 músicas de ritmos variados desde MPB, até ritmos regionais como a guitarrada. “As pessoas ainda tem receio de trabalhar com a população carcerária. Eu sempre interagi com eles durante as aulas sem qualquer problema. Há um respeito recíproco entre professor e aluno. O aprendizado flui porque há uma troca de ideias entre todos do grupo”, destaca o músico.

Louvai ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.

Salmos 136:1

Um comentário:

  1. Lindo trabalho irmãos! Sou músico e já trabalhei em programas sociais como PETI e CRAS dando aulas para crianças em conflito com a lei. Tenho vontade de um dia fazer esse tipo de trabalho em presídios sinto que posso fazer mais pelo próximo. Que Deus venha abençoar cada vez mais esse trabalho de vocês.

    Missionário Paulo Diego Alves

    www.palavradiariadevida.blogspot.com.br

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