sábado, 26 de abril de 2014

SERVIDORES DA SAÚDE DO DEPEN , FORAM CAPACITADOS PARA TESTES RÁPIDOS DE HIV , SÍFILIS E HEPATITES VIRAIS.

Nesta quinta-feira (24/04), 10 servidores da área da saúde do Departamento de Execução Penal do Paraná (DEPEN), vinculado à Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SEJU), foram capacitados como Executores de Teste Rápido para HIV, Sífilis e Hepatites Virais. A capacitação foi realizada na Escola de Educação em Direitos Humanos (ESEDH), em Curitiba, que contou com a participação de uma médica, duas farmacêuticas e sete enfermeiras. O avanço proporcionado pelo treinamento está focado na realização de exames e do diagnóstico primário dentro das Penitenciárias.

Num primeiro momento, sete unidades penais da Região Metropolitana de Curitiba serão beneficiadas pela iniciativa do Programa de Desenvolvimento Integrado (PDI-SAÚDE/DEPEN), em parceria com a Divisão de DST/AIDS e Hepatites Virais e com a 2º Regional de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde. Ainda neste ano estão previstas capacitações para os servidores da saúde das cidades do interior do Paraná.


O Teste Rápido é uma tecnologia disponibilizada pelo Ministério da Saúde e, no caso de um diagnóstico ser categorizado como positivo, uma amostra de sangue é coletada e enviada ao Laboratório de Análises Clínicas do Complexo Médico Penal (CMP), para exame diagnóstico secundário. Desta forma, a área da saúde do DEPEN ganha eficiência, uma vez que as próprias unidades penais terão competência em realizar o primeiro diagnóstico, reduzindo custos com transporte e armazenamento de amostras, fato que se desdobra na otimização dos fluxos de trabalho do Laboratório do CMP, da Secretaria da Justiça.

A responsável pelo programa de Saúde do DEPEN e coordenadora da capacitação, Renata Torres, pondera que a população privada de liberdade constitui-se um grupo vulnerável para algumas doenças infectocontagiosas e a promoção da atenção em saúde aos apenados é de extrema importância para a garantia da cidadania e dos direitos humanos. “O teste não é obrigatório, mas existe a possibilidade de aumentar a prevalência por causa do aumento da cobertura dos testes diagnósticos”.


Para Brigita Sutil Kisner, enfermeira da Penitenciária Estadual de Piraquara I (PEP I), a importância da capacitação “é levar esse conhecimento depois para os meus técnicos e para a unidade prisional, com a vantagem de estar identificando esse soro positivo o mais rápido possível e, de repente, evitar a contaminação de outras pessoas”. Brigita acrescentou que vai ajudar bastante porque “a gente já identifica na hora e eu também recebi capacitação para passar essa notícia para o preso”. Todo o tratamento é fornecido pela SEJU e dispensado ao preso na própria unidade prisional, salvo em casos mais graves, que é encaminhado ao Complexo Médico Penal.

A técnica da divisão de DST, AIDS e Hepatites Virais da Secretaria da Saúde, Joanilda Leskievicv, disse que a capacitação propicia uma visão exata de como abordar e orientar as pessoas sobre o teste porque as vezes elas não conhecem esse teste e pode ser um susto grande fazer o procedimento. “O teste rápido é um teste diagnóstico, e quando você diagnostica a pessoa, ela já vai ter que ser encaminhada para tratamento, e sabe que é para a vida toda esse acompanhamento. O de Sifilis, Hepatite B e C, a gente trata como teste de triagem, mas mesmo assim ela precisa ser orientada a buscar o acompanhamento e fazer os testes confirmatórios, para poder tratar e seguir em frente com qualidade de vida”.


TECNOLOGIA - A Coordenadora da Capacitação, explica que o Ministério da Saúde prioriza agora o teste rápido, tecnologia nova que ajuda muito, porque em 20 minutos é possível saber o primeiro diagnóstico. Então, diz ela, “você chama o preso no ambulatório, não precisa deslocar o preso para fora da unidade e nem coletar o sangue dele, armazenar e levar para o laboratório que é longe. A gente consegue eliminar etapas com esse teste rápido na mesma unidade. A enfermeira ou medica já faz a devolutiva com o diagnóstico. Se for positivo, aí sim coleta-se uma mostra de sangue e vai para o laboratório”. 

Cada penitenciária tem um ambulatório, como se fosse um pequeno posto de saúde, e as equipes começam a ser capacitadas agora nessa nova tecnologia. “Hoje elas foram capacitadas nos testes rápidos, que são para HIV, Sifilis e Hepatites Virais, que são a B e C. Trata-se de um kit muito semelhante ao utilizado para medir a glicose, com uma agulinha que vai tirar uma gota de sangue, já passa nos reagentes para ver se é positivo ou negativo”, explica Renata Torres.

Ele reforça ainda que a população privada de liberdade é extremamente vulnerável, o HIV agora está sendo combatido como um risco à saúde coletiva e temos que olhar para a população que ainda tem uma alta prevalência, como os indígenas, baixa renda, LGBT e os privados de liberdade. “Por isso é extremamente importante esse combate dentro das penitenciárias”, conclui Renata.


LEMBRAI-VOS DOS PRESOS....                        Hebreus 13/3

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