A Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas (VEPMA) de Porto Alegre destinou R$ 20.834,00 a ações de prevenção em saúde no sistema prisional. Do montante, R$ 18.114,00 permitirão realizar 183 mamografias bilaterais em detentas de dois presídios femininos do Estado e a confecção de pôsteres e fôlderes explicativos sobre o câncer de mama. Os valores – com origem nas multas aplicadas a quem comete crimes de menor potencial ofensivo – foram solicitados pela Superintendência dos Serviços Penintenciários (SUSEPE) e propiciarão também a confecção de material informativo sobre o câncer de próstata, a ser distribuído a partir de novembro nos presídios masculinos. As decisões que autorizaram os repasses foram assinadas no final de setembro pelo Juiz titular da VEPMA Luciano André Losekann.
As mamografias bilaterais beneficiarão as presas pelo regime fechado da Penitenciária Estadual Feminina Julieta Balestro, de Guaíba, e da Penitenciária Feminina Madre Pelletier, em Porto Alegre. Os exames serão realizados por técnicos do Instituto da Mama do RS, a bordo do mamamóvel – unidade volante equipada com instrumentos para a detecção da doença. As datas das visitas ainda não foram definidas.
As informações constam do projeto Outubro Rosa, da SUSEPE, que alude às campanhas que ocorrem sempre nesse mês no Brasil e no mundo visando a informar, prevenir e conscientizar sobre os riscos do câncer de mama. Prédios e monumentos iluminados de cor-de-rosa são o símbolo mais visível da mobilização. Conforme informações no documento elaborado pela superintendência, projetam-se 57.120 novos casos de câncer de mama no Brasil em 2015.
Recentemente, ações semelhantes objetivam dar maior visibilidade e quebrar preconceitos relativos à prevenção do Câncer mais comum entre os homens, que atinge a próstata. O mês destinado à conscientização do sexo masculino é novembro.
Juíza da 2ª Vara de Execuções Penais (VEC) de Porto Alegre há dois anos, Patrícia Fraga Martins comentou sobre a iniciativa da VEPMA, que possibilita os exames. Disse tratar-se de importante ação, salientando as difíceis condições das prisões, onde muitas vezes doenças são adquiridas. Explica que as mulheres presas valorizam os cuidados de saúde oferecidos, uma vez que, em geral, possuem baixa renda e vivem em lugares com pouco acesso à informação e tratamentos. Os presídios de Guaíba, da Capital e de Montenegro, além do Instituto Penal de Porto Alegre (regime semi-aberto), formam a jurisdição da 2ª VEC.
LEMBRAI-VOS DOS PRESOS ...... Hebreus 13/3
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