sábado, 17 de novembro de 2012

PRESIDIARIA QUER ABRIR LOJA DE BONECA DE PANO QUANDO SAIR DO PRESIDIO

Bonecas produzidas por apenadas integram mostra da Cidade Viva


A exposição “Castelo de Bonecas”, realizada pela Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), foi um dos destaques do Projeto Restaurando Vidas, nesse domingo (28). As bonecas de pano, confeccionadas pelas detentas da Penitenciária Júlia Maranhão, foram expostas na sede da Fundação Cidade Viva, que desenvolve o projeto social, no bairro do Bessa, em João Pessoa.
A mostra reuniu cerca de 40 bonecas produzidas por 10 apenadas. A diretora da Penitenciária Feminina, Cinthya Almeida, lembra como as apenadas iniciaram a confecção das peças. “Tudo começou quando vi uma das detentas criando uma boneca, achei interessante e perguntei se ela poderia ensinar a técnica às demais. A ideia deu certo e, conforme o tempo passou, os resultados foram extraordinários”, recordou.
Os preços das bonecas variam entre R$10 e R$40. O dinheiro arrecadado é destinado à compra de material para a produção de novas peças, a matéria-prima utilizada pelas mulheres é composta por enchimento siliconizado, acrílico, algodão cru e colorido, lã de tricô, fitas, malhas, tecidos, linhas, cola e tintas.
Além das bonecas artesanais, as detentas criam tiaras, guirlandas e outros tipos de peças. A criadora da primeira boneca e professora das demais detentas, Sandra Maria, há dois anos cumpre pena em regime fechado. Antes de ser presa, já trabalhava com artesanato. “Eu já trabalhava com isso, mas foi aqui que veio a ideia de fazer a boneca. As meninas gostam do trabalho e eu quero ensinar mais colegas a fazer essa arte”, lembrou. Sandra já pensa em abrir uma loja depois que cumprir a pena.
A Penitenciária Feminina da capital abriga cerca 400 de apenadas e também desenvolve projetos nas áreas de crochê, tricô, ponto cruz, artes plásticas com jornal, artesanato com chinelos, pintura e desenho, além de receber vários cursos profissionalizantes, disponibilizados pela Gerência de Ressocialização da Seap, em parceria com a Fecomércio e empresas privadas.

PORQUE A RESSOCIALIZAÇÃO E A SOLUÇÃO PARA OS PRESIDIARIOS BRASILEIROS 


Busca la e linho e trabalha de boa vontade com suas mãos   PV. 31/13

Um comentário:

  1. Não só incentivar, ensinar, os/as detentos/as a se profissionalizarem dentro dos presídios, mas ajudar estes a prosseguir com este aprendizado, ou já profissão, fora dos presídios. Ao invés de ficar dentro dos presídios sem nada na mente, ocupar estas mentes com coisas sâs.
    Deus abençoe a todos.

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