Complexo penitenciário de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de
Belo Horizonte, o primeiro presídio privado do país. Trata-se de uma
parceria entre o governo de Minas Gerais e a iniciativa privada. Ao
todo, o local terá cinco unidades prisionais, com um total de 3.040
vagas. Em janeiro, já está funcionando a primeira unidade, com
capacidade para 608 vagas. As demais inaugurações ocorrerão ao longo de
2013.
Consultório odontológico do complexo penitenciário:
Instalações modernas no complexo penitenciário:
Algumas das celas terão ocupação para até quatro detentos no novo complexo penitenciário, em Neves.
Sala de aula do complexo:
Minas vai inaugurar o primeiro complexo penitenciário construído em PPP, em Ribeirão das Neves
Uma unidade do primeiro complexo penitenciário do país a ser construído
por meio de uma Parceria Público Privada (PPP) será inaugurado em
janeiro em Minas Gerais. As outras quatro unidades serão abertas ao
longo de 2013. O investimento feito na construção foi de R$ 230 milhões,
mas o governo do Estado só passará a desembolsar dinheiro para o
complexo quando os detentos já estiverem no local. O contrato foi
firmado em 2009 entre o governo de Minas e o consórcio nacional
denominado Gestores Prisionais Associados (GPA).
O complexo – que terá cinco unidades para abrigar 3.040 vagas - traz uma
várias novidades em relação ao modelo tradicionalmente adotado no resto
do Brasil, por exemplo, o gestor privado será obrigado a cumprir 380
indicadores de desempenho definidos pelo governo do Estado. Isso fará
com que os detentos passem por, pelo menos, uma consulta médica e
odontológica a cada dois meses e uma psicológica por mês.
Todos os presos terão que trabalhar seis horas por dia e estudar quatro
horas diariamente, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social
(Seds). A intenção do governo seria promover a inserção de presos em
postos de trabalho, com a oferta de cursos profissionalizantes. Caso o
gestor privado não cumpra as obrigações previstas nos 380 termos, será
multado pelo governo do Estado – por meio de um desconto no pagamento
mensal.
Será ainda responsabilidade do gestor privado: contar com tecnologias
para monitoramento de presos e metas para impedimento de fugas e outros
eventos graves, com desconto do repasse feito pelo Estado ao parceiro
privado.
No modelo da PPP prisional, todo o serviço prestado à população presa,
como assistência médica, odontológica, jurídica, segurança interna,
alimentação e uniformes fica a cargo do parceiro privado. O Estado, por
sua vez, é responsável pela fiscalização desses serviços, além da
segurança de muralha e externa ao Complexo. Uma empresa terceirizada de
autoria fará a inspeção periódica no novo complexo para verificar se as
exigências previstas no contrato estão sendo cumpridas, caso haja
desacordo, o governo do Estado poderá descontar do valor pago
mensalmente por vaga ocupada/dia.
Responsabilidades do Estado
Apesar do gestor privado ter inúmeras obrigações, o Estado continua
sendo responsável pelo cumprimento as penas estabelecidas pela Justiça,
acompanhando a execução das penalidades em conjunto com o Ministério
Público, a Defensoria Pública e o Judiciário.
Além disso, o transporte dos sentenciados, segurança externa e das
muralhas são de responsabilidades do governo de Minas. Além disso, em
qualquer situação de crise, confronto ou rebelião, o Estado fará
intervenção no complexo, por meio de agentes penitenciários,
pertencentes aos seus quadros, que são especialmente treinados para este
fim.
Os agentes de monitoramento contratados pelo gestor privado não poderão
usar armas. A Seds deve nomear um agente público como diretor das
penitenciárias, sendo este encarregado pela coordenação e pelas medidas
de segurança das unidades. Este agente público também atuará como fiscal
do Estado, devendo relatar quaisquer desvios por parte do parceiro
privado.
Tecnologia
A nova unidade terá: sistemas de sensoriamento de presença, controle de
acesso de um ambiente para o outro, comando de voz e Circuito Fechado de
Televisão (CFTV) em todo o complexo, entre outras inovações. Vários
botões de acionamento permitirão ao agente penitenciário não precisar
abrir portas ou portões, podendo ter atenção e foco total na ação dos
presos.
A um só legislador e um juiz, que pode salvar e destruir.Tu porém quem és ,que julgas a outrem?
TIAGO 4/12
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