sábado, 12 de julho de 2014
O SEGUNDO SCANNER CORPORAL DO SISTEMA PRISIONAL PARANAENSE , JÁ ESTA FUNCIONANDO NA PENITENCIÁRIA PEL II DE LONDRINA.
Já está em funcionamento o segundo scanner corporal ou “Body Scanner”, instalado em unidades do sistema penitenciário do Paraná, levando maior segurança aos estabelecimentos penais do estado. Instalado na Penitenciária Estadual de Londrina II (PEL II), o equipamento permite uma visão minuciosa de quem entra no estabelecimento prisional, detectando qualquer tipo de metal, armas, drogas, explosivos, celulares, próteses e demais objetos estranhos que possam estar escondidos em roupas, sacolas ou no interior do corpo humano.
O primeiro scanner corporal começou a funcionar em março passado na Casa de Custódia de São José dos Pinhais (CCSJP), unidade com 1.088 presos. Visitantes e servidores públicos só podem entrar na unidade penal passando pelo equipamento, muito parecido ao que é usado em aeroportos, alfândegas, estações ferroviárias e áreas de mineração.
Desde que o equipamento entrou em funcionando, as revistas realizadas com apoio da Polícia Militar do Paraná registraram grande queda na entrada de objetos indevidos na unidade. Em comparação com o mesmo período de 2013, nos meses de março a junho deste ano a entrada de aparelhos celulares caiu de 115 para 28; de brocas/serras caiu de 15 para apenas duas; de estoques/ferros caiu de 12 para 10; de fumo caiu de 6,875 quilos para 1,4 quilo; e de maconha caiu de 2,24 quilos para 0,45 gramas.
Segundo o diretor da CCSJ, Jeferson Medeiros Walkiu, esses objetos encontrados nos últimos meses não passaram pelo Body Scanner. “O equipamento se tornou um inibidor, mas descobrimos que muitos presos e comparsas estavam usando um pinheiro, que ficava próximo ao muro da unidade, para jogar esses objetos, que também eram atirados por cima do muro”, conta. Com isso, foi solicitada permissão para retirada do pinheiro, que já foi removido, e no final de junho foi concluída a instalação de tela sobre os muros de toda a unidade. “Com isso, vamos reduzir ainda mais a entrada desses objetos ilegais na unidade”, afirma o diretor.
Essa mesma experiência deve se repetir agora na PEL II, a maior penitenciário de Londrina, com 1.142 presos de regime fechado. Só no primeiro semestre deste ano, foram encontrados nessa unidade 816 aparelhos celulares, além de 666 carregadores de celular, 143 chips, 57 serras, 47 estoques/ferros, 46 brocas, 31,05 quilos de fumo, 11,62 quilos de maconha e 146 gramas de cocaína, em três revistas realizadas com o apoio da Polícia Militar do Paraná.
Outros três equipamentos similares estão sendo instalados no Paraná e deverão entrar em funcionamento até o começo de setembro. Um será instalado na entrada do complexo penitenciário de Piraquara, onde 6.098 detentos cumprem pena. Outro será instalado na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), com 990 presos; e o terceiro na Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu II (PEF II), com 869 presos.
Com isso, servidores públicos e visitantes de mais da metade dos 19.550 presos do sistema penitenciário do Paraná só poderão entrar nos estabelecimentos penitenciários passando por scanner corporal. “Além de coibir a entrada de drogas e objetos ilegais, o uso desse recurso tecnológico leva mais segurança aos agentes penitenciários, demais servidores e visitantes”, destaca a secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná, Maria Tereza Uille Gomes. Além disso, vai gerar menor custo em recursos humanos e proporcionará “maior agilidade e respeito aos visitantes, pondo fim a revistas consideradas invasivas”, afirma ela.
BALANÇO – Um balanço das 38 revistas realizadas no primeiro semestre de 2014, com apoio da Polícia Militar do Paraná, nos 33 estabelecimentos penitenciários da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná indica que foram apreendidos 3.294 aparelhos celulares, 1.528 carregadores de celular, 1.022 chips, 372 estoques/ferros, 199 serras, 100 brocas, 52 quilos de maconha, 1,2 quilo de cocaína e 8,1 quilos de fumo.
ALUGUEL - Os scanners foram locados por três anos da empresa Smiths Detection do Brasil Comércio de Equipamentos Ltda., a um custo mensal de R$ 17.600,00 cada. Com isso, todo o custo de manutenção e atualização do equipamento é assumido pela própria empresa, que dá a capacitação aos agentes encarregados da operação do equipamento.
Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem, e terás louvor dela; ROMANOS 13/3b
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