De acordo com o advogado de defesa da acusada, Elias Mattar Assad, a transferência é uma represália ao seu trabalho e aconteceu no mesmo dia em que ele requereu um habeas corpus de sua cliente junto ao TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná).
Segundo Mattar Assad, a prisão ocorreu “sem prova da existência de fato criminoso (materialidade)”. Ele também avalia que não há provas científicas, como laudos do Instituto Médico Legal, que atestem que houve crime. A Justiça ainda não se pronunciou.
Uma semana após assumir a gestão da UTI geral do Hospital Evangélico, a força-tarefa criada pelos órgãos de saúde informou que dados preliminares indicam que a taxa de mortalidade da unidade está dentro da normalidade, mas que faltam relatórios que poderiam esclarecer melhor os fatos. “Nesse ponto a UTI deixava a desejar e era falha na organização”, declarou o auditor Mário Lobato da Costa, responsável pela sindicância que apura eventuais irregularidades.
Nos próximos dias, a força-tarefa repassará a gestão da unidade para uma nova equipe do hospital, e se concentrará na investigação de possíveis irregularidades. Por determinação judicial, a equipe terá de analisar todos os prontuários médicos da UTI geral do Evangélico desde 2006, quando a médica Virgínia Helena Soares de Souza assumiu o comando da unidade. A medida atende aos pedidos do Ministério Público, que teme pela adulteração desses documentos. A investigação apura o envolvimento da equipe médica em seis óbitos.
Pedido de Habeas Corpus
A defesa da médica Virgínia Helena Soares de Souza protocolou ontem um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Paraná. Ela está presa desde a terça-feira da semana passada e ontem à noite foi transferida para a Penitenciária Feminina de Piraquara. Segundo o advogado Elias Mattar Assad, a prisão ocorreu “sem prova da existência de fato criminoso (materialidade)”. Ele também avalia que não há provas científicas, como laudos do Instituto Médico Legal, que atestem que houve crime. A Justiça ainda não se pronunciou.Os médicos Eddison da Silva Junior, Anderson de Freitas, Maria Israela Boccato e a enfermeira Laís da Rosa Groff foram citados como pessoas que agiriam a mando de Virgínia. Como os quatro não relataram nada nos depoimentos prestados entre os dias 19 e 21, o Nucrisa e o MP solicitaram a prisão preventiva deles. O juiz Pedro Sanson Corat determinou a prisão preventiva, mas ressaltou que isso não presume culpabilidade, mas sim periculosidade – risco de provas ou testemunhos serem alterados. Atualmente, os cinco estão presos e todos repudiam as acusações.
Testemunha
Apesar de o inquérito detalhar o processo adotado para a infiltração de um agente no hospital, inclusive com o nome de um investigador e permissão para usar recursos, o comando da Polícia Civil negou ontem que houvesse um policial infiltrado e que a medida “se tornou inviável do ponto de vista operacional”.
A obra do justo conduz a vida , o fruto do perverso , ao pecado PROVÉRBIOS 10/16
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