segunda-feira, 12 de novembro de 2012

OREMOS PELOS MISSIONARIOS BRASILEIROS PRESOS NO SENEGAL NA AFRICA

MISSIONARIO JOSE DIAS E SUA ESPOSA ZENAIDE MOREIRA PRESOS NO SENEGAL

Nosso missionário que atua em Mbur, Senegal, no Projeto Obadias que acolhe crianças moradoras de rua, foi levados para a delegacia no dia de ontem 05 de outubro de tarde e liberado à noite. Hoje, 6 de outubro, teve que se apresentar novamente para prestar depoimento.
O Rev. Jose Dilson, missionário da APMT e a irmã Zenaide Moreira Novais receberam ordem de prisão e estão aguardando para serem encaminhados na cidade de Thiés onde serão ouvidos novamente. De acordo com a Marli, esposa do Rev. Jose Dílson, os missionários detidos poderão passar alguns dias na prisão. Segundo o relato dos missionários eles são acusados de evangelizar menores.
O advogado, assessor o projeto, está acompanhando o caso e estará entrando com um pedido de Habeas Corpus.
Convocamos a todos os irmãos que estão tomando conhecimento deste acontecimento que estejam orando e chamando outros para se unirem a nós em oração.
Noticia enviada pela Marli sobre a situação do Rev. Jose Dilson e a irmã Zenaide, dia 7 de outubro de 2012
“Queridos, finalmente na parte da tarde Jose Dilson e irma Zeneide foram tranferidos para Thies, para serem ouvidos pelo procurador. No documento de acusação consta que somos uma “Associação de Malfeitores para as criancas”. Foram obrigados a assinar este documento, sem terem possibilidade de ler o que estavam assinando. Quem nos conhece sabe o quanto temos nos empenhado para o bem de centenas de criancas no Senegal. Precisamos que continuem na brecha por nós. Vão ficar retidos mais uma noite, agora estao em UMA CELA COMO MALFEITORES, SEM LUZ, SEM ÁGUA, SEM UMA CADEIRA PARA SENTAR, SEM PODER TER NENHUM PERTENCE PESSOAL CONSIGO, NUMA CELA IMUNDA. Chorei muito ao ver esta situação, mas preciso ser forte. Por favor orem para que possam nos permitir levar ao menos um colchão onde possam repousar esta noite.” Marli.
Vamos continuar orando por estes missionários.
O Rev. José Dilson é diabético e está sem medicamentos.
Noticia enviada pela Marli sobre a situação do Rev. Jose Dilson e a irmã Zenaide, dia 10 de outubro de 2012
CRIANÇAS DO PROJETO OBADIAS NO SENEGAL
“Ontem, dia 09 sai cedo daqui do projeto, juntamente com o Zucki para fazer a visita ao José Dilson e Zeneide. Foi preciso muita força, tanto pra mim quanto para ele. Ao aguardarmos a vez de entrar, nossos corações não se continham e por muitas vezes falamos um ao outro: “Olha, nao podemos chorar agora, é preciso ser forte pro papai não nos ver assim”, mas foi impossível nos contermos ao vê-los saindo com os outros presos e vindo em nossa direção. Que alegria poder abraçá-los! Que vontade de nunca mais largá-lo, de poder continuar ali, mas tinhamos somente 10 minutinhos de visita. Enquanto outros missionários estavam com Zeneide, José Dilson me disse que estavam na cela com ele mais 35 prisioneiros, que não pode dormir a noite devido a super lotação, se encaixavam um ao lado do outro como sardinhas. O calor aqui está insuportável, mais os mosquitos… As condições muito precárias. No entanto logo me disse, que assim que chegou na cela, logo conheceu um senhor ao seu lado, que tambem era cristão, este relatou-lhe que ha dentro da prisão mais 28 cristãos, que estão lá por motivos diversos. Logo me disse (entre lágrimas): “Assim que sairmos daqui vamos começar um ministério nas prisões aqui”. Ele está bem abatido, mas ao mesmo tempo está agindo: o pouco de dinheiro que havia com ele já comprou tudo de biscoitos e alimentação na cantina para distrubuir a alguns mais em necessidade. Nos disse que duas pessoas já morreram na prisão, antes de entrarem lá, por falta de alimentação. A sua própria alimentação não conseguiu comer, acabou dividindo praticamente toda com os presos. A comunidade missionária brasileira está nos assistindo de uma forma maravilhosa, visitando, encorajando, participando de decisões, levando alimentação em todas as horas, e dando um encorajamento em todos os sentidos. Maravilhoso é ver o corpo de Cristo em união. Aleluia!!!! Segunda-feira será novamente um dia de visistas e estamos nos preparando para ir em uma grande, grande comitiva.”

PERSEGUIDOS ,MAS NÃO DESAMPARADOS;ABATIDOS MAS NÃO DESTRUIDOS                 
           2 CORINTIOS CAP. 4  VERS.9

domingo, 11 de novembro de 2012

GUILHERME DE PADUA FALA DE PASTORES QUE O EVANGELIZARAM NO PRESIDIO : MUITOS PAGARAM UM ALTO PREÇO

GILHERME DE PADUA NA SUA IGREJA (BATISTA DA LAGOINHAS)












Ex-ator Guilherme de Pádua.
Durante o culto que ministrou na Igreja Assembleia de Deus, em Conselheiro Lafaiete, o ex-ator afirmou: “Entre sair criminoso da prisão e ter uma mudança de vida, optei pela conversão, pelo caminho de Deus. A Bíblia também nos ensina que tem uma coisa, que é pior do que o pecado: a falta de arrependimento. Vim mostrar para as pessoas como um cara tão desviado e tendente às coisas vazias tornou-se tão apaixonado por Jesus Cristo”.
Falando sobre as pessoas que o levaram a conhecer o evangelho, Pádua contou:“Muitos irmãos pagaram um alto preço de esperar debaixo do sol e tirar um dia da sua semana para visitar aqueles que a sociedade tem como vermes. A princípio, é claro que eu queria debater com eles, mostrar as minhas opiniões, mas, aos poucos, fui me deixando tocar por aquelas verdades que eles diziam”.
Ele afirmou ainda que, antes de se converter, tinha preconceito contra evangélicos e que sente muito pesar por não ter conhecido antes os valores pregados pela religião. Afirmando acreditar que Deus tem um propósito na vida de todas as pessoas, ele conta que não acreditava que sairia vivo do presídio e que até hoje tem pessoas que torcem para ver sua desgraça.
Afirmando que chegou a desistir da vida, o ex-ator afirma que não mais se importa com as opiniões sobre ele e que não abre mão de sua fé. “Não estou dizendo isso para comover ninguém, pelo contrário, sei que vão falar que, depois de ter feito o que fiz, virei crente. Mas o que as pessoas falarem ou pensarem também não significa nada porque, no final, ou eu vou para junto do Pai ou eu não vou”, afirmou.
Quando perguntado se acha que pagou por seu crime, Guilherme de Pádua disse que nem se morresse seria possível pagar a dor da família. Mas ressalta que a mudança de vida é o melhor resultado que se pode esperar de alguém que cometeu um crime desse tipo. Comparando seu caso com o de outras pessoas condenada por homicídio, e que vivem sem serem perseguidas, ele desabafou:“Sofro perseguição há 20 anos. Quantos outros condenados por homicídio estão andando por aí e tendo suas vidas normais? Se formos pensar por esse lado, eu pago mais do que qualquer outro”.
Ele concluiu a entrevista dizendo que não comenta mais sobre o crime porque prefere trazer à memória as coisas que o dão esperança, e ressalta que cumpriu o que a lei determinou a ele como pena e que nunca se colocou contra as determinações da justiça sobre o caso.
Confira a entrevista:
Como foi a sua vida na prisão?

Guilherme de Pádua: Foram muitos momentos diferentes porque a prisão não é sempre a mesma coisa. Um dia está tudo bem, outro dia está tudo horrível e você corre perigo. Um dia você tem comida, assiste à televisão e, no outro, não tem nem uma roupa pra vestir. Muito difícil.
Na prisão, você recebia muitas visitas?

Guilherme de Pádua: Além da minha família, eu recebia várias visitas de pessoas que faziam o trabalho de capelania. No meu primeiro dia de prisão, recebi a visita de uma senhora que, na verdade, nem cheguei a ver. Ela levou uma grande cesta, uma carta com uma mensagem de esperança e uma pequena Bíblia, que vinha dentro de um envelope. A porta da delegacia estava repleta de pessoas revoltadas e, por um momento, eu acreditei que tinha tudo acabado. Muitos irmãos pagaram um alto preço de esperar debaixo do sol e tirar um dia da sua semana para visitar aqueles que a sociedade tem como vermes. A princípio, é claro que eu queria debater com eles, mostrar as minhas opiniões, mas, aos poucos, fui me deixando tocar por aquelas verdades que eles diziam.
Você tornou-se evangélico. Já havia tido contato com a religião antes?

Guilherme de Pádua: Eu não tinha um contato aproximado com a Palavra de Deus. Na verdade, eu tinha pena e preconceito dos evangélicos. Geralmente, a mídia é contrária aos cristãos evangélicos. Houve um tempo em que era pior, há cerca de 15 anos. Hoje vejo que foi um grande engano pensar assim. Os evangélicos procuram seguir os valores, que trazem resultados positivos para a vida. Sinto muito pesar por não ter conhecido antes. Quando você crê em Jesus e na Palavra de Deus, recebe grandes bênçãos por seguir essa Palavra. Estou há 13 anos na Igreja Batista, da Lagoinha (antes eu já havia me convertido). Vou aprendendo as coisas e vendo que eu não tinha nenhum conhecimento; era uma criança. É como se eu tivesse nascido de novo.
Como você lida com a rejeição das pessoas?

Guilherme de Pádua: No início, me isolei muito; não saía de casa. Enfrentei inúmeras situações desagradáveis, de levar cuspida ‘na cara’, por exemplo. Se eu tivesse morrido estaria tudo resolvido, mas como a gente tem que ganhar o pão de cada dia e seguir em frente, acaba tendo que enfrentar essas coisas. Talvez, se eu tivesse condição de me isolar eu continuaria me isolando porque seria mais cômodo, mas procuro entender a rejeição (ela existe ainda, não sei se diminuiu). Essas pessoas poderão ser sempre assim, ou não. Procuro tratar todos com respeito e chego aos lugares objetivamente. Evito guardar isso no meu coração. Sempre penso que se tivesse no lugar dessa pessoa, talvez eu estaria fazendo a mesma coisa; não daria chance. O ser humano em si tem uma tendência muito grande de querer pisar em quem está caído. Às vezes descarrega as frustrações que ele mesmo tem no momento em que discrimina, condena, julga ou faz uma fofoca sobre uma desgraça que acontece na vida de alguém. Eu sou foco disso, às vezes, porque as pessoas ficam torcendo para verem a minha desgraça.
Você acreditava que sairia vivo do presídio?

Guilherme de Pádua: É um milagre as coisas que estão acontecendo na minha vida; eu conseguir conviver com a rejeição e obter tanta positividade, apesar disso. Ninguém acreditava que eu sairia vivo do presídio. Eu me lembro que, quando eu cheguei lá, onde havia mais de 1000 pessoas, e a notícia circulou, senti o prédio tremer e eles começaram a gritar “demorou”. Pensei que dessa eu não sairia vivo. Aprendi que Deus tem um propósito na vida de todas as pessoas. Ele não ama mais uma pessoa do que outra, mesmo sendo o pior pecador. Se fosse assim, Jesus não teria se doado da maneira como se doou. Jesus fez questão de dizer que veio para as pessoas que necessitam de uma mudança de vida, de caráter, se arrepender e considerar que precisam ter um ‘novo nascimento’, como a Bíblia diz. A Palavra de Deus mostra que tem oportunidade sim para o pecador, para o criminoso, desde que ele mude de vida.

Quando você se deu conta de que estava arrependido?

Guilherme de Pádua: A Bíblia também nos ensina que existe uma coisa, que é pior que o pecado: a falta de arrependimento. Todos precisam de Jesus. Essa afirmação parece muito forte, principalmente vindo do Guilherme de Pádua. Não estou dizendo que sou igual a vocês, de jeito nenhum, mas, de certa forma, a pessoa que errou muito tem maior facilidade de reconhecer que precisa mudar. As que erram pouco tendem a continuar praticando os mesmos erros e a encontrar justificativas para isso. Desde o momento em que você se dá conta de que fez algo terrível, bate uma tristeza, um remorso e, imediatamente, você quer voltar no tempo e não ter feito aquilo. Mas o arrependimento, como diz o meu pastor, Márcio Valadão, é você mudar de caminho, de atitude.
Já pensou em desistir da vida?

Guilherme de Pádua: Eu tinha desistido desde o meu primeiro dia na prisão; pensei em morrer. Até que um dia alguém veio e plantou uma semente no meu coração. Essa semente foi crescendo e criando raízes. Mas agora, podem fazer o que quiserem, mas eu não abro mão de Deus, de Jesus. Não estou dizendo isso para comover ninguém, pelo contrário, sei que vão falar que, depois de ter feito o que fiz, virei crente. Mas o que as pessoas falarem ou pensarem também não significa nada porque, no final, ou eu vou para junto do Pai ou eu não vou.
O que você falaria, caso encontrasse com Glória Perez?

Guilherme de Pádua: Nunca encontrei com ela, depois que saí da prisão. Sei que ela não querer me ver ‘nem pintado de ouro’, mas eu e muitas pessoas oramos pela vida dela. Não tenho nem ideia do que falaria. Tentaria encontrar algo para dizer, que pudesse diminuir a dor, mas essa é uma situação que só a intervenção de Deus poderia encaminhar.
Você acha que pagou pelo que fez?

Guilherme de Pádua: Não tenho ideia do que é isso. Eu paguei aquilo que a lei mandou. Uma pessoa causou dor e então tem que sentir dor também? Alguém que esteve envolvido na morte de uma pessoa tem que morrer? O meu sofrimento continua até hoje. Talvez se tivesse tido uma pena de morte, o meu sofrimento teria acabado. Sofro perseguição há 20 anos. Quantos outros condenados por homicídio estão andando por aí e tendo suas vidas normais? Se formos pensar por esse lado, eu pago mais do que qualquer outro. Entende como é louco pensar nisso? Agora, se for pensar na dor de uma mãe, na perda de uma vida, tem como pagar? Às vezes, nem se eu morresse. Mas será que a gente tem que pagar? O fato de mudar e não se envolver mais nas mesmas coisas já não seria um bom resultado? Você preferia que todos os prisioneiros sofressem torturas diárias durante 10 anos e, depois de cumprida a pena, voltassem criminosos para a sociedade, ou que eles mudassem e tornassem pessoas restauradas?
Por que você não comenta mais sobre o crime?

Guilherme de Pádua: Quero trazer à memória as coisas que me dão esperança. As pessoas têm sede de ficar sabendo e, mesmo se eu falasse, não acreditariam. É “chover no molhado”. Às vezes falo com advogados baseado em provas, mas evito ficar tentando provar, mesmo porque, pela lei, eu cumpri a pena. Não preciso ficar dando satisfação disso. Por que as pessoas não atormentam quem não cumpriu? Tem gente que nunca foi parar na cadeia, podemos fazer uma lista rápida de 50 nomes. Por que perseguir quem “cumpriu o que a cartilha mandou”? Se a Justiça dissesse que eu deveria perder um braço, eu estaria aqui sem um braço. Se falasse que eu tinha que morrer, eu não estaria mais aqui. Em nenhum momento eu fui contra o que a Justiça mandou.
GUILHERME NO DIA DE SUA SENTENÇA
GUILHERME HOJE DEPOIS DE PAGAR O QUE DEVIA DIANTE DA LEI
A VÓS TAMBÉM QUE NOUTRO TEMPO ÉREIS ESTRANHOS ,E INIMIGOS NO ENTENDIMENTO PELA VOSSAS OBRAS MÁS,AGORA CONTUDO VOS RECONCILIOU.   COLOSSENSES  CAP. 1 VERS. 21

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

7O.000 COREANOS ESTÃO PRESOS POR AMOR A JESUS CRISTO



70 mil cristãos presos na Coreia do Norte

País intensifica perseguição sobre fiéis que continuam exercendo a fe em Jesus Cristo


A Coreia do Norte, desde que o ditador Kim Jong II morreu, em 2011, e seu filho Kim Jong Un (foto acima) assumiu o posto de principal governante, vinha ganhando alguma esperança com a sutil abertura política e a suspensão de antigas restrições, como o consumo de alimentos tradicionais da cultura ocidental (pizza e batata frita) e o uso de telefones celulares.
Kim Jong Un novo lider da Coreia do Norte
Porém, o que se continua presenciando no país são as ferozes perseguições, principalmente aos fiéis cristãos. Apesar do discurso de tolerância do novo dirigente norte-coreano, nenhuma melhoria foi notada na condição da igreja cristã perseguida.
Cristão presos
Segundo Ryan Morgan, analista do International Christian Concern, o relatório da Comissão dos Estados Unidos sobre “Liberdade Religiosa Internacional” apontou que o regime norte-coreano está cada vez mais considerando as religiões como “ameaças potenciais à segurança do país”.


Igreja perseguida
De acordo com o analista, um cristão fiel e toda sua família podem ir para a prisão apenas por possuir uma Bíblia, fato que é considerado crime na Coreia do Norte. Ele ainda afirma que o regime do país mantém mais de 70 mil cristãos aprisionados em campos de concentração.
As atitudes tomadas pelo governante ditador da Coreia do Norte e por quem segue as suas ordens vai totalmente de encontro aos preceitos de fé da igreja cristã e aos ensinamentos advindos da Palavra de Deus na Bíblia.
Monumento que deve ser adorado Kim Jong II
Ser cristão hoje, em alguns lugares, é tão difícil quanto na época dos apóstolos, quando eles eram perseguidos e martirizados por causa de sua fé no Senhor Jesus. A Coreia no Norte, ainda segundo o relatório norte-americano, oferece recompensas para quem fornece informações que leve a cristãos que exerçam sua fé e estejam envolvidos na distribuição da Bíblia.

"Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo."  (João 16 : 33)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

MENORES INFRATORES:PRINCIPAL CAUSA ,LARES DESESTRUTURADOS




SEMEADORES DE ESPERANÇA RESSOCIALIZANDO MENORES INFRATORES NO PARANA -BRASIL




A PROBLEMÁTICA 
Diante do grave quadro apresentado pela delinquência juvenil, a alternativa mais razoável talvez seja alterar a lei para aumentar o tempo de internação dos autores dos atos infracionais mais graves (aqueles cometidos mediante violência ou grave ameaça à pessoa) de forma a permitir que a internação possa ultrapassar o limite máximo de 21 anos de idade. É claro que esse maior tempo de internação somente teria sentido e legitimidade se vier a ocorrer em estabelecimentos adequados, capazes de dar ao adolescente (e ao adulto jovem que permanecer internado após 18 anos), a educação e a assistência prevista no próprio ECA.  Enquanto o Estado não cumprir o que dispõe o Estatuto, parece-nos irrelevante e até desarrazoada toda e qualquer discussão acerca da redução da maioridade penal.
A pena privativa de liberdade tem se mostrado absolutamente ineficaz. A prisão só tem contribuído para a reprodução da criminalidade. Nela se assentam todos os pressupostos contrários ao processo de reeducação e ressocialização - apregoados como justificativas para afastar o sujeito ativo do crime do convívio social. O perverso subsistema carcerário, que quase sempre seleciona os que se encontram à margem do processo econômico, traz em si premissas de desumanização, desqualificação, estigma, preconceito: enfim, retira do encarcerado qualquer sentido de dignidade humana. Assim, diante do proclamado fracasso da prisão, torna-se incoerente a proposta de ampliar a sua clientela.
Na verdade, as reais causas do índice de criminalidade entre jovens, além das desigualdades e exclusão social, que os impedem de gozar plenamente do direito à vida, à habitação, à liberdade, à saúde, à educação e à busca da felicidade, consistem, também, na ausência de referenciais éticos e morais, na desestruturação familiar e na crise de valores. Portanto, a solução dos problemas que derivam da criminalidade infanto-juvenil não reside nas fórmulas autoritárias de redução da idade-limite da imputabilidade penal e nem na internação habitual dos jovens infratores. É preciso, antes, respeitar-lhes os direitos básicos garantidos pela Constituição Federal Brasileira, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e Convenções Internacionais subscritas pelo Brasil - Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, Regras Mínimas das Nações Unidas para a administração da infância e da juventude, Regras Mínimas das Nações Unidas para a Proteção de Jovens Privados de Liberdade.
Cabe aos Poderes Públicos, em seus três níveis, e à Sociedade Civil começarem a trabalhar conjuntamente para sanar este problema.
Pois, como preceitua o art. 227, caput, da Constituição Federal vigente, não compete apenas ao Estado, mas, também à família e à sociedade a obrigação insuprimível de proteção maior, mais intensa e integral às crianças e aos adolescentes.
Vale ressaltar que a proposta de redução da idade-limite é inconstitucional, posto que prevista pelo art. 228, caput, da Constituição Federal, o qual estabelece expressamente que são plenamente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.
Os direitos e garantias individuais previstos pela Constituição Federal não são passíveis de supressão, uma vez que definem os princípios e linhas mestras da Carta Constitucional, que por sua vez dirigem e norteiam todo o conteúdo de suas normas. É neste contexto que está inserido o art. 228. A supremacia dos princípios das normas constitucionais está claramente garantida pelo art. 60, parág. 4.º, ao estabelecer que os direitos e garantias individuais, dentre outros, não poderão ser objeto de deliberação, para a sua supressão, através de Emenda Constitucional. Desta forma, se o art.228 não pode ser alterado, a proposta de redução da idade-limite da imputabilidade penal, se afigura, inequivocamente, como flagrante inconstitucionalidade. 
CONCLUSÃO 
Precisamos romper com a cultura tradicional de combater apenas as conseqüências, sem atuar nas causas. O Estatuto da Criança e do Adolescente abre o caminho para que todo a política de atenção à criança e ao adolescente seja transformada, e as medidas sócio-educativas por ele preconizadas são instrumentos para tal. Elas precisam ser implantadas e implementadas na sua plenitude, pois são meios realmente eficientes para o controle da criminalidade infanto-juvenil.
Dessa forma, ao incentivar a aplicação de medidas socioeducativas, o prêmio procura quebrar o ciclo de formação de criminosos, bem como da impunidade, diminuindo a reincidência, além de criar nesses adolescentes a consciência de seu papel na sociedade. Uma sociedade que talvez tenha perdido de vista o sentido profundo da dignidade não pode negar a perspectiva de um futuro melhor àqueles que são vítimas de sua miséria social e ética. Que todos os jovens possam assim sonhar.   
PR HUGO SUA ESPOSA DENISE E FUNCIONARIO
PR. HUGO ,IRMÃO RAMON E SCHERLON MEMBROS DA EQUIPE

PR. HUGO E O CHEFE DE SEGURANÇA CLEVERSON

THIAGO VICE DIRETOR DO EDUCANDARIO(A DIREITA)
DENISE ESPOSA PR. HUGO  E  SCHERLON E SUA ESPOSA KEILA


"Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele." (Provérbios 22 : 6)

terça-feira, 6 de novembro de 2012

PRESOS SE ALIMENTAM BEM?


Alimentação é insuficiente nos presídios e estimula a prática “Cobal”


















Presos e presas das unidades inspecionadas reclamaram aos juízes do mutirão da alimentação. Enquanto na maioria dos estados é comum ouvir queixas dos detentos em relação à qualidade da comida, em Goiás, vários presos relataram que, muitas vezes, a alimentação é insuficiente. O problema é tão generalizado no estado que a saída encontrada foi institucionalizar uma prática chamada “Cobal”, em que a direção das unidades autoriza as famílias a levar comida, roupas e medicamentos à população prisional.
Além disso, diversos estabelecimentos têm cantinas administradas pelos próprios detentos. Em algumas unidades, presos disseram que não recebem café da manhã – em alguns casos, somente um pedaço de pão seco. Na Cadeia Pública de Caçu, o estado fornece apenas uma refeição diária. A prefeitura se encarrega das outras duas. Para o juiz Alberto Fraga, o quadro da alimentação evidencia a incapacidade em manter o sistema prisional por parte do Estado, que tolera a privatização do espaço público e a circulação de dinheiro dentro das prisões, o que propicia a corrupção.

PR.Hugo Chavez comendo junto com detento      
PR Hugo Chavez no refeitorio do presidio
Confraternização no presidio com bolos,salgados e refrigerante(doações de voluntarios)
                       
“A disponibilização de pelo menos três refeições completas é medida indispensável e urgente. A ‘Cobal’ deve ser extinta, impedindo-se o ingresso de todo e qualquer objeto no interior das unidades, principalmente dinheiro”, recomenda o relatório do Mutirão Carcerário.

"Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou."  (João 6 : 27)